domingo, 14 de dezembro de 2008

Have a Good Metal Xmas!!!

Fonte: http://hardblog.kanak.fr/power-heavy-metal-f2/we-wish-a-metal-xmas-and-a-headbanging-new-year-2008-metal-t12143.htm?highlight=hairy+xmas

Algumas datas e suas respectivas trilhas sonoras são difíceis de aturar por quem tem um mínimo de senso musical e cujo ouvido não tolera determinadas baboseiras. Refiro-me a coisas como carnaval, mas, principalmente o Natal. Noite Feliz, Jingle Bells & Cia já deram tudo o que tinham que dar e ninguém aguenta isso mais. E quando a Simone resolveu revirar John Lennon no túmulo assassinando Happy Xmas (War is Over)? Ninguém merece tamanha tortura com requintes de crueldade.

Pensando na nação roqueira em geral, resolvi postar aqui algumas sugestões para tornar sua noite de natal menos doída. Vamos pintar de preto aquela roupinha ridícula do bom velhinho...e pixar umas caveiras nela também, heehheehe.


Brian Setzer Orchestra - Dig That Crazy Christmas (2002)

Versões animadas com arranjos de Big Band para os clássicos do Natal. Ideal para começar a festa.











Jordan Rudess - Christmas Sky (2004)

O tecladista careca do Dream Theater desfila todo o seu talento interpretando canções tradicionais de Natal ao piano.












Twisted Sister - A Twisted Christmas (2006)

Dee Snider empresta sua estupenda voz para gravar os clássicos do Natal. Versões sujas e bem rasgadas, repletas da tradicional energia das Sisters, ou seja, sensacional!











Various Artists - Merry Axemas vol. 1 (1997)

Grandes nomes da guitarra interpretando as músicas tradicionais do Natal. Aqui apreciamos Steve Vai, Erick Johnson, Jeff Beck entre outros.










Various Artists - Merry Axemas vol. 2 (1998)

A seleção de all stars continua pesadíssima. Neste volume 2 temos Zakk Wylde, Steve Lukather, Neal Schon, Steve Stevens, Trevor Rabin, John Sykes, etc.










Various Artists - We Wish You a Hairy Christmas (2003)


Versões hard rock para os hinos natalinos.












Monster Balladas Xmas (2007)

Um verdadeiro all-star reunindo para saudar a chegada do bom velhinho: Skid Row (sem Sebastian Bach), Winger, Twisted Sister, Danger Danger, Queensryche, Dokken, Stryper, etc.










We Wish You a Metal Xmas and a Headbanger New Year (2008)

Essa é pra fechar o ano com chave de ouro. Lemmy Kilmister, Ronnie James Dio, Tony Iommi, Geoff Tate, Alice Cooper entre outros, pessoas tão delicadas, interpretando singelas canções de Natal em versões porrada? É isso mesmo, um presente do 7th Son pra vocês!








Espero que curtam! Keep rockin big fat Santa Claus!!!!!!!

P.S.: Os links não foram verificados, tenho mais o que fazer. Se não funfar, o véio gúgol tá aí pra isso mesmo! Fui.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Wander Taffo (1954-2008)

Wander Taffo participou nos anos 70 de grupos como Made in Brazil, Secos & Molhados, Joelho de Porco e Gang 90, além de ter tocado com nomes como Rita Lee e Roberto de Carvalho. No começo dos anos 80, Taffo estourou com a banda Rádio Táxi, que fez muito sucesso com músicas como Eva e Garota Dourada.

Em 1986 saiu do Rádio Táxi e partiu para carreira solo, lançando nesse mesmo ano seu álbum de estréia. Em 1989, reuniu os atuais doctors Andria (baixo e vocal) e Ivan Busic (bateria e vocal), e lançou um disco intitulado simplesmente de Wander Taffo. Em 1990, renomeou a banda para Taffo e lançou o espetacular Rosa Branca. O segundo disco solo, chamado Lola, saiu em 1996.

Em 1997, Taffo fundou a IG&T (Instituto de Guitarra e Tecnologia), que dois anos mais tarde teve o nome mudado para EM&T (Escola de Música e Tecnologia). A prestigiada instituição, localizada no bairro do Jabaquara, tem atualmente 2.500 alunos e inclusive uma filial em Vitória.

Wander ainda foi muito generoso e emprestou o seu peculiar talento guitarreiro a artistas como Marina Lima, Cassia Eller, Guilherme Arantes, Arnaldo Batista, entre outros.

Wander planejava a volta da banda Taffo para julho deste ano, mas, infelizmente, não tivemos esse imenso prazer. O guitarrista, que completaria 54 anos no 17 de maio, faleceu no dia 14 de maio, vítima de um infarto. Considerado por publicações internacionais, como a revista Guitar Player, um dos expoentes da guitarra no mundo, Taffo era hoje um dos sócios da EM&T (Escola de Música e Tecnologia) e com certeza, fará muita falta o seu incrível talento para fazer boa música.

Ele deixou a mulher Mônica Lima e dois filhos, Lívia de 26 e Lucas de 13 anos, que já está tocando guitarra. É por isso que eu sempre digo: o Rock and Roll é eterno! Força garoto!

Wander Taffo (1989)

Rosa Branca (1990)

Lola (1996)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Thunder - Bang! (2008)


Thunder é uma banda inglesa que lançou o seu debut em 1990, mas que pratica um rock clássico com fortes influências dos anos 70. Bang! é o seu mais recente trabalho e o nível dos discos anteriores está mantido ou até mesmo superado. São 12 faixas de um rock and roll direto feito com baixo, guitarra e bateria e uma pitada de blues e até mesmo de southern rock aqui e acolá.

Excelente pedida para uma viagem de carro!

Baixem! (Link extraído do blog -21grams.)

Password: -21grams

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Saxon - Into the Labyrinth (2009)

O amadurecimento é talvez a razão pela qual muitas bandas de rock acabam encerrando suas atividades. Acho que já disse aqui, mas vou dizer de novo: amadurecer é a pior coisa que pode acontecer para uma banda de rock. Claro, existem honrosas exceções, até para justificar a própria regra.

Os caras do Saxon, ao contrário, parecem todos sofrer da síndrome de Peter Pan e se recusam a envelhecer. É incrível pensar que os caras começaram em 1979, permaneceram por muito tempo lançando álbuns muito bons, e ainda são capazes de lançar petardos como este Into the Labyrinth. São faixas poderosas, no melhor estilo da banda, conservando o heavy metal tradicional que os consagrou, mas com um destaque especial para a primeira faixa, Batallions of Steel, que por alguns instantes, lembra muito coisas no estilo Nightwish.

Boa diversão! Baixando!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Blogs no meu Favoritos - Parte 2

Continuando a série de dicas sobre os blogs que garimpei na net, aí vai a segunda parte:

Hard & Heavy - Atualizado constantemente, e, como o próprio nome sugere, com muito heavy e hard rock, principalmente, mas não exclusivamente, setentista.

Rock, Blues & Afins - Muito rock and roll além de resenhas e biografias. Interessante blog.

The Voice of Rock - Taí uma coisa que só é possível graças ao advento dos blogs: a hiperespecialização. Imagine que esse blog é inteiramente dedicado ao The Voice of Rock Glenn Hughes. Tem absolutamente tudo o que o cara gravou, seja no Trapeze, Deep Purple, Black Sabath, participações, etc, etc.

El Blog de Rock 'N' Roll - Blog de Porto Rico, parado há quase um mês, mas com um bom acervo de hard e metal.

The Discipline of Steel - Muito metal, nos mais variados estilos, do gótico ao tradicional. Atualizado frequentemente.

-21 grams - Interessante mix de rock, hard, metal e instrumental. Atualizado constantemente.

Moqueca Rocker - Clássicos do rock e do metal. Bastante interessante e boa referência para marujos de primeira viagem.

SérieEchoes - Rock progressivo. Lugar para encontrar desde clássicos a raridades no estilo.

Ocean Soul - Precisando conhecer bandas da Hungria? Finlândia? Suécia? Esse é o seu blog.

Isso ae! Bons downloads! E viva a liberdade na Net!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mr. Big - Bump Ahead (1993)


Depois do estrondoso sucesso, tanto de crítica quanto de público, do álbum Lean Into It (1991), que continha clássicos como Daddy, Brother, Lover, Little Boy (melô da furadeira elétrica), Green-Tinted Sixties Mind, Voodo Kiss, a super balada Just Take My Heart e a mega-baladinha-de-FM To Be With You, parecia impossível que o Mr. Big conseguisse repetir a dose no álbum seguinte.


Em 1993, Billy Sheehan, Paul Gilbert, Eric Martin e Pat Torpey lançam Bump Ahead, e conseguem manter o mesmo nível de Lean Into It, porém, com um apelo comercial ainda maior. É impossível não cantar o refrão de Colorado Bulldog, hardão de primeiríssima que abre o play, com o acelerador no talo. A impressão que tenho é que Sheehan e Gilbert não são deste mundo.


Três momentos bastante açucarados estão presentes: Promise Her The Moon, Nothing But Love e Wild World, cover de Cat Stevens . Ainda não apareceu uma banda que pudesse superar o Mr. Big no quesito "música pra namorar". Impressione sua namorada colocando essas músicas pra rolar, rs.


Idolatrado no Japão, mas odiado por alguns que acham que a banda não passa de uma cambada de nerds acrobáticos, o Mr. Big mostra nesse disco que, mesmo que você não curta o som dos caras, fica ímpossível não reconhecer a competência e o talento dos mesmos. Para quem curte, no final das contas, não importa essa estória de nerds, o que importa mesmo é que o som é de primeiríssima e dá pra ouvir sozinho ou muito bem acompanhado.

Baixar!

sábado, 11 de outubro de 2008

David Gilmour - Live in Gdansk (2006)


Sou fã de Pink Floyd, antes e depois de Roger Waters. Depois da saída do Rogério Águas, fiquei ainda mais fã do David Gilmour, guitarrista com um feeling incrível e que acumulou a função de vocalista principal da banda, mostrando-se soberbo nessa função.

De uma certa forma, a sede dos fãs do Pink Floyd por novos álbuns da banda pode ser amenizada com os discos solo da carreira de Gilmour, iniciada no final da década de 70, e que, ainda hoje, carrega o estilo que o consagrou na sua banda original.

Nostalgia. É exatamente isso que esse Live in Gdansk nos traz. O registro em cd duplo começa com a insuperável sequência Breathe-Time-Breathe (Reprise), em que Gilmour mostra que os anos que se passaram não foram capazes de apagar sua bela voz e sua pegada absolutamente sensacional na guitarra. Em seguida, temos muitas canções do seu mais recente trabalho solo, On An Island.

No segundo cd, essa nostalgia se transforma em pura emoção, quando Gilmour nos presenteia com versões bem pessoais de Shine on Your Crazy Diamond, Fat Old Sun, High Hopes, Echoes, Wish You Were Here, A Great Day For Freedom e até uma versão para Astronomy Domine, da fase jurássica da banda com Syd Barret, seu antecessor.

Live in Gdansk foi gravado na Polônia em 2006, em comemoração da revolução desse pais ocorrida em 1980. Gilmour e sua banda foram acompanhados pela orquestra polonesa Baltic Philharmonic Orchestra, conduzida por Zbigniew Preisner e com Leszek Mozdzer ao piano. Além disso, esse registro é bastante especial pois conta com a última participação de Richard Wright, falecido recentemente.

E por falar em Rick Wright, nós, fãs do Pink Floyd, ficamos à deriva na esperança de ver um sucessor para o fantástico The Division Bell (1994). Pelo jeito não teremos esse prazer, a não ser que tenham deixado algo gravado. O jeito é continuar ouvindo os brilhantes trabalhos solo desse sessentão chamado David Gilmour.

Disco 1
Disco 2

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Blogs no meu Favoritos - Parte 1

Vez ou outra algum amigo me pergunta: "Bixo, como é que você consegue essas coisas?" Eles estão se referindo à garimpagem por mim executada nos blogs roqueiros espalhados mundo afora, que costumam render, além das principais novidades, coisas raras e algumas muito estranhas, rs.

Pois bem, numa atitude humanitária e deveras altruísta, resolvi abrir o meu menu de Favoritos, para que os fiéis frequentadores deste humilde blog, e amantes do verdadeiro rock/metal possam desfrutar das maravilhas propiciadas por este veículo assaz intrigante chamado Internet.

Hoje, o meu Favoritos consta do seguinte:

Combe do Iommi - Blog nacional atualizado diariamente. Sempre traz as novidades mas sem nunca esquecer dos clássicos e até de algumas raridades. Especializado em rock, hard rock e metal.

Liquid Progressions - Blog nacional atualizado diarimente. Este é o lugar para encontrar os lançamentos do metal em geral, especialmente power, melódico e progressivo.

Insane Vastlands - Blog da América Central, atualizado diariamente. Muita blasfêmia! Se não gosta de black metal, passe longe.

Black Sabbado - Blog de Recife atualizado semanalmente. Não tem muita quantidade, mas às vezes aparecem raridades que valem muito a pena conferir.

Fireball - Blog de São Paulo atualizado frequentemente. Especializado em discografias, sempre trazendo as biografias também. Muito interessante para quem curte as bandas além do som.

MusicSharing4all - Atualizado diariamante. Tem de tudo, de clássicos do rock e do metal a coisas desconhecidas e bem underground. Traz discografias completas com frequência.

Cogumelomoon - Não é mais atualizado, mas também não precisa, pois tem absolutamente TUDO ao que se propõe: resgatar o pop/rock nacional dos anos 70, 80 e 90. Se você sente saudade de João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Dr. Silvana, Egotrip, Uns e Outros, etc, este é o lugar perfeito. Nota 10!

Power Ride - Heavy metal e hard rock. Traz principalmente as novidades.

Blizzard of Sabbath - Blog de Hellcife, não atualizado com muita frequência. Só metal, do thrash ao tradicional.

Caverna do Som - Esquisitices, lançamentos, clássicos, enfim, de tudo um pouco. O legal é que não apenas disponibiliza os links, mas faz excelentes e esclarecedores comentários sobre os plays. Muito parecido nesse ponto com o 7th Son, inclusive na humildade.

Black Bartolomeu - Anda meio paradão ultimamente, mas é um bom blog, e pode-se encontrar lá alguns clássicos do rock e do metal.

Estação Elétrica - Mais um bom blog para procurar por clássicos. Também anda meio parado.

Stay Rock - Blog muito bacana com lançamentos, bandas nacionais desconhecidas do grande público e algumas pérolas do rock and roll mundial.

Sangue Arterial - Blog inteiramente dedicado ao White Metal, ou, se preferirem, Christian Metal. Sensacional, tem praticamente tudo desse estilo. Estou sempre por lá, e minha última grande descoberta nessa área, o Bloodgood, deve-se a este excelente blog.

Listen Before You Die - Blog bem legal, com enquetes, frases do rock, e, claro, muitos links de lançamentos de metal. Mas, tem um grande defeito na minha opinião: as músicas estão todas em wma.

MusicGrátis.org - Tem de tudo, um verdadeiro carnaval na zona. De Martinho da Vila a Sarcófago. O que você pedir o cara coloca lá, rs.

Metallian-Classics - Blog chileno com muito metal em espanhol, bandas da Bélgica, Cazaquistão, Hungria e outros cantos sombrios mundo afora. Recomendo apenas para os iniciados ou para aqueles que tem a mente beeeeeeeem aberta.

Seres da Noite - Muito blues rock, south rock, rock progressivo e coisas do estilo. Excelente blog, mas, se o seu negócio é metal na veia, aqui não é o melhor lugar pra você.

Sakalli - Lugar para coisas estranhas, pouco comuns. Especializado em progressivo dos anos 60 ou 70.

Inglor Metal Hell - Precisa dizer o que tem aqui? Metal extremo, brutal, de revirar crucifixos e fazer água benta ferver!

Ignes Elevanium - Tem de tudo um pouco, mas, a esmagadora maioria é de black e death. Atualizado frequentemente.

Tributes of Metal - Os tributos se tornaram uma febre, e este blog é inteiramente dedicado a eles. A única coisa que não me agrada, é que vez ou outra aparecem coletâneas feitas pelo próprio blog. Para quem curte ouvir só as melhores, é uma boa pedida.

Collective Collection - Aqui é possível encontrar south rock e blues.

Discos de Metal - Atualizado muito esporadicamente, sempre com discografias ou lançamentos.

Vôo 7177 - Especializado em progressivo. Sabe aquela banda da Irlanda que só lançou um disco em 1969 e que só foram feitas 100 cópias do mesmo? Aqui você vai encontrar!!!


E tem mais, muito mais vindo por aí!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Bittencourt Project - Brainworms I (2008)

Rafael Bittencourt é fundador e guitarrista do Angra, além de compor a maioria das músicas da referida banda paulistana. Bem, se compor não é problema para ele, por que não gravar um álbum solo? Talvez vontade não faltasse, mas, devido a agenda sempre muito cheia de sua banda principal, a falta de tempo seria o grande obstáculo para iniciar um trabalho paralelo.

Pois bem, o Angra está parado (problemas com o empresário? com o baterista estrela demais?) e eis que a grande oportunidade chegou, e Rafael mandou ver seu primeiro trabalho paralelo. E que trabalho! Seria natural se as músicas soassem como músicas do Angra, mas, ao contrário, o que ouvimios aqui é algo bem interessante, mesclando influências hard com um metal mais moderno, lembrando às vezes bandas da nova leva como Creed.

Rafael explora vários elementos e capricha nos arranjos, que contam com guitarras em profusão , teclados, violinos, coros bem elaborados e muito mais, mostrando que antes de ser guitarrista , é um músico. E como é bom ouvir um disco composto por quem está preocupado com a música, e não apenas com a guitarra, e o que é pior, com milhões de notas por segundo.

Como se trata de um primeiro trabalho (o próprio nome sugere a intenção de se fazer o segundo), também é natural que apareçam todas as influências do cara. O balanço de temas regionais, introduzido no disco Holy Land e um pouco abandonado depois, aparece de leve em várias músicas, mas fica evidente nas faixas Santa Teresa (essa música ficaria perfeita na voz de André Matos, ehheehe) e Nacib Véio, enquanto que sua veia romântica fica exposta em Primeiro Amor, uma bela canção ao violão.

Rafael também coveriza o grupo português Madredeus, em uma versão absolutamente matadora para Pastor, que seriviria muito bem como uma música do Angra, pois ficou bem pesada e muito bem arranjada. Por enquanto, é a minha favorita, ao lado da já citada Santa Teresa, ou "santa tirisa" em bom inglês de fastfood.

Participaram do disco Felipe Andreoli, Ricardo Confessori (seria um ensaio para uma volta?) e um fulano da família Lima, além de outros. E o detalhe importante que ainda não comentei, RAFAEL CANTA EM TODAS AS FAIXAS!!! E não é que o cara segura legal? Claro que ele não é um vocalista pronto, mas tenho que reconhecer que é competente nesse metiê também. Bastante afinado, ele não chega a comprometer as músicas, mas, um vocalista convidado engrandeceria o trabalho ainda mais.

Heart it by yourselves!!!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Blackmore´s Night - Secret Voyage (2008)


Ritchie Blackmore fez sua fama e se tornou uma lenda-viva da guitarra já no início da década de 70, devido ao seu maravilhoso trabalho no Deep Purple. Na metade da década, porém, insatisfeito com o swing introduzido na banda pelos igualmente lendários Glenn Hughes e David Coverdale, saiu e montou o Rainbow, aproveitando os músicos de uma banda nova-iorquina chamada Elf.

Até meados da década de 80 o seu trabalho no Rainbow só fez aumentar ainda mais a sua legião de fãs, guitarristas ou não. Em seguida, houveram mais dois retornos ao Deep Purple, além de uma tentativa em 1995 de reiventar o Rainbow, com o lançamento do fantástico Stranger in Us All (absurdamente recomendado!), com Doogie White nos vocais.

Pois bem, eis que em 1997, quando imaginávamos que mr. Blackmore penduraria as chuteiras, ele surpreende a todos mais uma vez com um novo projeto, intitulado Blackmore's Night. A proposta do trabalho, que tem como vocalista principal a sua bela esposa, Candice Night, é fazer música medieval, algo bastante diferente do rock clássico de outrora. Mas, para quem acompanha de perto o trabalho dele, sabe que seu apreço por este tipo de som vem de longa data.

Secret Voyage é o mais recente trabalho de estúdio do Blackmore's Night, e os destaques vão para a produção absurdamente cristalina (como sempre...), para a voz suave e agradável de Candice Night e, claro, para o trabalho de Blackmore nos violões, guitarra, alaúdes, bandolins, banjos, cítaras, harpas e tudo mais que tiver cordas.

Assim como em trabalhos anteriores, neste temos mais covers e uma regravação dos áureos tempos de Rainbow. O cover é I Can Help Falling In Love imortalizada na voz de Elvis Presley e a música do Rainbow escolhida desta feita foi a belíssima Rainbow Eyes, originalmente no disco Long Live Rock and Roll de 1978. Não precisa dizer que ficaram muito boas, mas, ainda prefiro a interpretação de Ronnie James Dio (fã é um problema sério...).

Ideal para relaxar e amenizar os momentos de fúria do nosso louco dia-a-dia, o (nem tão ) novo som do sr. Ricardinho Maispreto é uma excelente arma contra o stress. Experimente você também!

Baixe correndo aqui! Créditos do upload para o excelente blog Ignes Elevanium (A senha é http://igneselevanium.blogspot.com)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Rush - uma banda ou uma religião? Parte 4

Fase light
Denominei essa fase assim mas ainda poderia ser chamada de pop-prog, ou seja, a banda se tornou ligeiramente mais acessível, sem abandonar os elementos que a tornaram única no mundo da música, como as mudanças de andamento, os compassos não triviais (diferentes do eterno 4x4), etc. As letras sci-fi dão lugar a reflexões mais mundanas, quase cotidianas, e isso também ajudou a popularizar a banda. Mas, o Rush nunca precisou apelar, os caras sempre fizeram exatamente o que quiseram fazer, e esse sempre será o grande legado da banda: FREEWILL!


Presto (1989)
Lançar discos com muita frequência mantendo a qualidade é um desafio para qualquer artista. O Rush é uma banda singular por muitos motivos, mas um dos principais é a regularidade. Presto é um disco regular na discografia da banda, mas muito superior a maioria das coisas que estavam sendo feitas no final da década de 80. Destaque para a belíssima The Pass.




Roll the Bones
(1991)
Pegaram pesado no pop aqui. A faixa título tocou bastante na época, mas, como sempre, pop para o Rush não significa necessariamente que a música é ruim, muito pelo contrário! Outros excelentes momentos , também igualmente pops ao extremo, marcam presença em Dreamline, Bravado e You Bet Your Life. Ótimo disco para quem tem certa resistência ao som da banda começar a apreciar uma obra complexa e praticamente irrepreensível.






Counterparts (1993)
A introdução de Animate, faixa que abre o disco, já dá um sinal do que vem por aí. O mestre Peart, que no auge dos seus vinte e poucos anos já fora furioso na arte de baquetar, agora mostra toda sua classe com um estilo mais econômico (porém eficiente) de tocar, mesmo quase atingindo a casa dos cinquenta anos. Gosto muito da instrumental Leave That Thing Alone, onde é possível apreciar toda a finesse da banda em uma composição absolutamente magistral!





Test For Echo (1996)
Confesso que precisei ouvir esse disco pra comentar. Não dei muita bola pra ele quando foi lançado, achei o som muito cru, o que na verdade, já mostrava que novos ventos estavam por vir. Neil Peart simplificou absurdamente seu kit, após, segundo ele, reaprender a tocar bateria com um certo guru. O resultado não me agradou muito, sou um saudosista assumido, rs.





Different Stages (1998) (triplo ao vivo)

Para fechar mais um ciclo, desta feita a banda nos presenteou com um triplo ao vivo, sendo que os dois primeiros discos são de um show atual e o terceiro de um show no Hammersmith da década de 70. O que dizer? Os caras são como vinho, quanto mais velho melhor! Ouça e comprove.





Depois de Test For Echo, a banda interrompeu os trabalhos por problemas pessoais na vida de Peart. A sua filha, Selena, morreu em um acidente de carro em Agosto de 1997 e, logo depois, a sua esposa, Jacqueline, morreu de câncer, em Junho de 1998. Peart entrou, como ele mesmo descreve, em uma jornada de cura com sua motocicleta, viajando milhares de quilômetros pela América do Norte. Essa jornada foi mais tarde descrita no livro Ghost Rider: Travels on the Healing Road.



quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Metallica - Death Magnetic (2008)


Este era, sem dúvida, o disco de rock mais aguardado do ano. Muito se especulou sobre ele, muito se falou sobre ele, e eis que agora temos ele em mãos para tecer alguns comentários.

Não tem jeito, antes de ouvir o disco por completo, rolam sempre as comparações, já que a expectativa em cima de um disco novo do Metallica é sempre muito grande. Pois bem, ouvi dizer que esse disco estaria na linha do Master of Puppets, do ...and Justice for All e até do Black Album, mas, quando coloquei pra tocar no meu mp3 player o que ouvi foi algo bem diferente.

Death Magnetic é sem dúvida muito superior ao anterior, o sofrível St. Anger, em que a banda estava com raiva de alguma coisa, e descontou nos seus fãs, lançando um disco horroroso, sem nenhum solo de guitarra, sujo e com aquela caixa de bateria parecendo o Olodum nos tempos de vacas magras.

Entretanto, não espere ouvir um novo Master, ou Justice ou o Black Album. Essas são verdadeiras obras-primas que permanecerão no passado, pois o que temos aqui é uma mistura da sujeira do St. Anger com um Load mais pesado. A banda não consegue recriar o clima dos anos 80, e isso é aceitável e até compreensível, afinal, é preciso evoluir de alguma forma.

Apesar disso, trata-se de um bom disco, energético, vale a pena o download! Baixe pra conferir aqui!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Steve Vai - Alien Love Secrets (1995)

Disco de guitarrista virtuoso, em geral, só agrada aos guitarristas. Essa é uma afirmação praticamente infalível, afinal de contas, o ouvinte comum não está interessado em saber se o cara faz ligados, bends, hammer ons, pull offs, se faz escalas maiores, menores, harmônicas, pentatônicas e tudo mais. Ao contrário, o ouvinte comum está interessado em ouvir boa música, e na grande maioria das vezes, disco de guitarrista virtuoso tem muito mais firulas do que feeling, principalmente aqueles lançados na década de 80.

Pois bem, entre os virtuosos mais famosos oriundos da década de 80 temos: Yngwie Malmsteen, Joe Satriani, Vinnie Moore, Tony Macalpine, Steve Morse, Steve Vai, entre outros. Poderia destacar qualquer um desses por que gosto de todos, mas, hoje vou falar do último, o mestre das 6 cordas, Steve Vai.


Com a chegada dos anos 90, a maioria dos fritadores de escalas redirecionaram o seu trabalho, já que os novos tempos exigiam mais dos músicos, e era necessário demosntrar criatividade e musicalidade além do virtuosismo. Steve Vai gravou seu primeiro disco solo em 1984 e o segundo apenas em 1990, já que nesse meio tempo esteve totalmente ocupado com as bandas em que tocou: Frank Zappa, Alcatrazz, David Lee Roth e Whitesnake.

Pois bem, podemos dizer então que ele pegou uma fase de transição, e é exatamente assim que o definiria: um guitarrista da geração dos fritadores mas que entrou em uma viagem de pesquisa e exploração das possibilidades de som que podem ser retirados da guitarra, aliada a muita sensibilidade.

Uma bela exceção à regra de que todo disco de guitarrista virtuoso é chato é o maravilhoso Alien Love Secrets. São apenas 7 músicas, onde o mestre destila todo o seu veneno em canções pesadas como Bad Horsie e na eletrizante Juice, e até se diverte com seu filho pequeno que participa da faixa Ya-Yo Gakk. Se for ouvir apenas uma música, comece pela última, Tender Surrender, uma balada de arrancar lágrimas onde Vai consegue transmitir paixão, fúria, ternura, agressividade e muita, muita sensibilidade. Prestem bastante atenção no solo dessa música! Eu não conheço nada igual.

Eu honestamente não acredito em extra-terrestres, mas quando ouço Steve Vai tocando, eu tenho sérias dúvidas.

Confira!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Motorocker - Igreja Universal do Reino do Rock (2006)


Fazendo o tradicional trottoir pelos blogs roqueiros da net à procura de novidades, eis que me deparo com o Motorocker, banda de Curitiba que iniciou sua carreira em 1993 fazendo cover do AC/DC. Até aí, nada demais, afinal, quantas bandas cover da famosa banda australiana devem existir? Centenas, talvez milhares!

Mas, como sou chato e tenho espírito de garimpeiro, descobri que, além de levarem muito a sério o lance de imitar os caras (utilizavam um canhão de verdade nos shows!), em 1996, quando o AC/DC veio ao Brasil para a turnê do álbum Ballbreaker, os Motorockers encontraram-se com Brian Johnson e os irmãos Angus e Malcolm Young, que revelaram que havia sido a melhor banda-tributo que eles já haviam ouvido até então.

Não satisfeitos em serem considerados a melhor banda cover de AC/DC do mundo, eles resolveram investir na carreira autoral. Lançaram em 2006 o excelente Igreja Universal do Reino do Rock, que mescla canções cantadas em português com outras cantadas em inglês. Em ambos os casos, a semelhança com AC/DC é absurdamente gritante, principalmente o vocal de Marcelus, que é muitíssimo semelhante ao de Brian Johnson.


Segundo o site Salve a Malária, fã clube oficial da banda, "o disco foi muito bem recebido pelo público brasileiro e pela crítica em geral, sendo destaque em três edições da Rock Brigade, principal revista especilizada em rock’n’roll e heavy metal do país, e ficando em primeiro lugar nas paradas de rádios-rock brasileiras. A voracidade e a energia que envolvem a atmosfera de um show do Motorocker é única, chegando a ser indicado como “Melhor Show do Ano” também pela Revista Rock Brigade, entre várias outras categorias.

O resultado de tudo isso são pequenos milagres. Recentemente a banda fez o show de abertura para os ingleses do DEEP PURPLE e, em destaque, a cessão dos direitos de gravação de “Back in Black” pelos australianos do AC/DC. Quem sempre curtiu MOTOROCKER tocando AC/DC poderá se deliciar com essa obra-prima do rock, agora registrada com todo o cuidado que ela merece."

Só para vocês terem idéia do clima do disco, vejam alguns trechos da faixa que dá nome ao play:

Somos devotos dos prazeres da carne

Costelada, frango assado e churrascão
Muita cerveja pra encher a cara
Se é certo estar feliz então aqui é o lugar

Por que eu preciso aproveitar a vida
Necessito de um lugar que tenha rock, mulher fácil e bebida
Eu vou pra Igreja Universal Do reino do Rock
Igreja Universal Do reino do rock
Igreja Universal do Reino do rock n roll

Rogai por nós ó Deuses do Rock
Mantenham-nos longe da música pop
E que se explodam essas modas do inferno

Estas drogas passam mas o rock é eterno


Seu dízimo? Talvez vamos pegar

Mas só quando a cerveja acabar

Saudações a irmandade de plantão

Mantendo o templo cheio e sem extorsão

Motorocker é formado por Marcelus (vocal), Luciano Pico (guitarra), Thomas Jefferson (guitarra), Silvio Krüger (baixo) e Juan Neto (bateria).

Baixem correndo aqui e convertei-vos logo!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Salário Mínimo - Beijo Fatal (1987)


Nomes de bandas formam um capítulo à parte na História do Rock. Alguns soam naturais depois de repetidos milhares de vezes, como Paralamas do Sucesso e Biquini Cavadão. Mas, se analisarmos bem, são bastante esquisitos.

O nome é uma espécie de cartão de visita de uma banda. Por meio deles deve ser possível pelo menos se ter uma idéia do estilo musical praticado. Querem exemplos? O que vocês esperariam ouvir de uma banda chamada Mukeka di Rato? Metal Melódico? Hard Rock? Claro que não! Hardcore é claro! E de outra chamada Urublues? Death? Grind? Claro que não, Blues! Evidente! [Ambas bandas citadas de fato existem e são bandas capixabas].

Pois bem, mas nem todas as bandas são felizes na escolha do seu nome, e acabam por vezes não despertando a atenção do ouvinte por conta disso. É o caso do Salário Mínimo. À primeira impressão, talvez punk fosse o estilo mais condizente com esse nome, pois sugere crítica social ou algo parecido.

Ledo engano caros leitores! Trata-se de uma banda de heavy metal do início dos anos 80, com fortes cacoetes de Iron Maiden, Saxon, Angel Witch e toda a galera da NWOBHM (não sabe o que é, Mr. Google está aí pra isso mesmo!)

Vencido o bloqueio inicial causado pelo nome, procurei ouvir com calma o som dos caras, e descobri uma banda bastante original, apesar de usarem alguns chavões do metal. Mas, para ser justo, não podemos usar padrões atuais para detonar o trabalho dos caras. A qualidade de gravação é sofrível, a inocência das letras (em português) é latente e a produção como um todo deixa a desejar.

É claro que não dá nem pra comparar com a unha do dedinho do pé de um Dr. Sin, mas, tudo isso pode ser facilmente desconsiderado se compararmos com outros discos feitos na época, e principalmente, se lembrarmos que o Brasil só acordou para o rock and roll em 1985, após o Rock in Rio, e que em 1987 ainda estava engatinhando em termos de produção.

A banda foi formada em 1979, mas foi reconhecida mesmo em 1984, participando da famosa coletânea SP Metal. Beijo Fatal foi lançado em 1987, teve uma boa repercussão vendendo cerca de 80 mil cópias e os destaques são as excelentes Noite do Rock, Dama da Noite, Beijo Fatal, Rosa de Hiroshima (aquela mesma!) e principalmente Anjo da Escuridão, um verdadeiro hino do metal. O disco encerra com a balada (única do play) Sob o Signo de Vênus e fecha com chave de ouro um dos trabalhos pioneiros do estilo em terras tupiniquins.

Ficou curioso? Baixe então aqui uai!


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Slaughter - Stick It To Ya (1990)


Após sairem da banda Vinnie Vincent Invasion, Mark Slaughter e Dana Strum formaram o Slaughter. Em 1990, o glam rock não estava mais no auge, mas ainda exsistia um espaço muito bom na mídia para bandas do estilo, e de fato tivemos o surgimento das fantásticas Poison, Skid Row, Winger, entre outras.

Aproveitando-se muito bem da situação, lançaram o petardo de estréia, Stick It To Ya, que atingiu disco de ouro nos Estados Unidos em apenas dois meses, e posteriormente, chegaria à impressionante marca de platina tripla.

E não é pra menos, afinal, trata-se de um biscoito muito fino. Recheado de canções extremamente empolgantes como Up All Night, Burning Bridges e Mad About You e baladas de arrancar lágrimas como Spend My Life e o mega-hit Fly to the Angels, Stick It To Ya é a trilha sonora perfeita para uma festa à beira de uma piscina regada a muita bebida e com muitas garotas peitudas.

Sobre a faixa Fly to the Angels, existe um fato no mínimo curioso. A banda chegou a ser processada por que uma pessoa teria se suicidado supostamente após ouvir essa música. Não é para tanto, mas eu mesmo quase bati meu carro quando ouvi essa música pela primeira vez.

Sobre Mark Slaughter, tenho que dizer que o cara é um desses casos de raro talento. Além do seu vocal magnífico de hard rock (meio afetado, mas maravilhoso, ehehehe), possui inúmeros outros talentos. Toca guitarra e piano, além de emprestar sua voz para animações como Animaniacs, Batman Beyond, Freakazoid, Rocket Power, para comerciais de Tv (Toyota, Hot Wheels, etc) e até trailers de filmes e da Fox Sports.

Sobre Stick It To Ya, tenho que dizer: BAIXEM AQUI E AGORA!!!

Up all night, sleep all day. Esse é o lema!


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rock Star (2001)

Em geral, filmes sobre rock são mal feitos. Salvo raras exceções, a visão do diretor é muito romanceada ou até mesmo preconceituosa, além de não conseguir traduzir para o grande público o que de fato acontece nos palcos e nos bastidores do rock and roll.

Rock Star
(Warner Bros, 2001) é uma dessas exceções, e foi uma grata surpresa para mim. A estória é baseada em fatos reais, e conta como Tim Owens, um fã do Judas Priest e vocalista de uma banda tributo, assumiu o lugar de Rob Halford. Infelizmente, a referida banda inglesa não autorizou a utilização do seu nome, e foi criada uma banda fictícia, o Steel Dragon.

O ator principal é Mark Wahlberg, que interpreta o garoto que trabalhava num escritório e que tinha uma banda cover do Steel Dragon. O grande barato desse filme é que uma parte dos atores que fazem papel de músicos são realmente músicos, o que confere uma fidelidade muito grande ao universo rock. Participaram do filme como atores: Zakk Wylde, Jeff Pilson e Jason Bonham.

Além disso, como O Judas também não autorizou a utilização de suas músicas, a trilha sonora foi composta pelos músicos acima citados, e pelos vocalistas Jeff Scott Soto e Michael Matijevic. O primeiro é velho conhecido de todos, inclusive aparece com frequência aqui no blog. Mas e esse tal de Matijevic? Ele é vocalista de uma banda chamada Steelheart, que diga-se de passagem, é A.N.I.M.A.L.!!!!!

O primeiro disco do Steelheart foi produzido por um tal de Bruce Dickinson, que ficou estupefato com o poder vocal de Matijevic, só pra vocês terem uma idéia de como esse rapaz detona!

Fica então a recomendação para que assistam ao filme acima citado. Vale realmente muito a pena. Para quem quiser conferir os vocais arrasadores de Matijevic, vou disponibilizar duas opções:

Trilha Sonora de Rock Star (2001): baixe aqui.
Steelheart (1990): baixe aqui.

Boa diversão!!!

domingo, 13 de julho de 2008

13 de julho - Dia Mundial do Rock

Para quem realmente gosta de rock, para quem vive de rock ou simplesmente vive o rock, não existe nada mais esdrúxulo do que essa data. É quando o Jornal Nacional vai dedicar 30 segundos do seu valioso tempo para falar sobre esse estilo cinquentão, criado e apreciado por doidões.

Pra muita gente, usar uma camiseta preta, cabelo comprido, fazer uma tatuagem ou colocar um brinco ou piercing é moda, assim como lembrar do rock apenas nesse dia 13 de julho é algo inventado pela mídia.

Todos os dias para mim são dias de rock. Rock não é um estilo musical, é um estilo de vida.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Rush - uma banda ou uma religião? Parte 3

Fase pop-prog:

A banda resolve inovar novamente e aponta numa direção mais pop, porém, isto para o Rush nunca significou abrir mão da qualidade. Apenas as músicas ficaram um pouco mais acessíveis para o grande público.

Signals (1982)

Contém uma das músicas mais pop que o Rush já fez: New World Man. Em compensação, tem uma das melhores também: Subdivisions.






Grace Under Pressure
(1984)
O disco mais variado da banda e talvez por conta disso, é considerado fraco e um dos mais mal sucedidos comercialmente. Claro, trata-se de uma grande injustiça, pois todas as músicas são boas extremamente agradáveis de se ouvir (Geddy não grita mais!). É daqueles discos pra deixar rolar enquanto se estuda, trabalha, etc.




Power Wind
ows (1985)
Aqui é o arena rock que impera, ou seja, aquelas músicas que mostram o seu real valor quando executadas muito altas, em grandes estádios. E foi justamente isso que o Rush fez nessa época, grandes apresentações com muitos efeitos especiais, telões, bonecos, etc. Grandes canções para arrasar quarteirões: Big Money, Manhattan Project e Marathon. Não preciso dizer mais nada, ou preciso?




Hold Your Fire
(1987)
O uso de touch pads na bateria, e até de todo um set eletrônico começou a fazer parte da bateria de Neil Peart. Essa era uma tendência muito forte na segunda metade da década de 80, e muitas bandas lançaram mão desta tecnologia. Destaques para Force Ten, Time Stand Still, Prime Mover, Mission e Turn the Page. Arena rock de primeiríssima.





A Show of Hands
(1988) (ao vivo)

Um belo registro ao vivo desta que foi a fase mais popular da banda até então. Esta tendência já havia discretamente com os hits Tom Sawyer e The Spirit of Radio, mas agora se tornou evidente o novo caminho esclhido pela banda. Geddy está enfiado nos teclados até o pescoço, e é difícil vê-lo no centro do palco nesse show, pois os teclados ficam à direita do mesmo.



quinta-feira, 3 de julho de 2008

Stauros - O Sentido da Vida (1997)


Quem tem muitos cds e/ou vinyl e trabalha muito como eu, em geral não tem tempo de ouvir tudo o que consegue comprar/gravar/baixar por aí nesses tempos modernos de informações musicais abundantes e de fácil acesso. Pois bem, não raramente, ao realizar incursões pelo meu modesto acervo de cd´s, deparo-me com algum material ainda não devidamente apreciado. Desta feita, peguei um disco de uma banda chamada Stauros e fui ouvindo no carro, e o resultado é que faz uma semana que ele não sai do meu cd player.

Posso garantir aos amigos frequentadores deste humilde blog que trata-se de um material extremamente interessante, e por que não dizer, histórico. Stauros foi a primeira banda de white metal nacional e O Sentido da Vida foi, sem dúvida, o seu trabalho mais aclamado, rendendo para a banda excursões pelo Brasil e pelo mundo e a inclusão de suas músicas numa compilação da “Heavens Metal Magazine”, a maior referência no estilo white do mundo.

Para os que não ligaram o nome à pessoa ainda, white metal é um estilo de metal com letras que falam em Deus, Jesus e coisas relacionadas à religião cristã, tanto que também é conhecido como Christian Metal. Antes que os mais puristas torçam o nariz, sugiro que ouçam, independentemente de professarem alguma religião ou não. Garanto que irão se surpreender, principalmente com o vocal de Celso de Freyn.

O cara é uma espécie de encarnação tupiniquim de Rob Halford do Judas Priest. Duvidam? Ouçam a faixa Toda Dor, o maior clássico do white metal nacional e onde Celso destila todo o seu veneno vocal. Não tem como não se arrepiar no refrão: "toda doooooooooor, toda dooooooooor, toda dooooooooooooooor". S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L.!!!

Além de Celso, toda a banda é bastante competente, mas o estilo puxado para o progressivo torna o trabalho um pouco difícil de digerir, e são necessárias várias audições para se começar a apreciar o talento desses barrigas-verdes (os caras são de Florianópolis).

Infelizmente, Celso deixou a banda após esse disco, mas retornou em 2002 para gravar um EP chamado Marcas de um Tempo. Com uma produção melhor do que O Sentido da Vida, esse trabalho mostra um trabalho de guitarras muito mais convincente e um Celso um pouco mais contido nos seus vocais rasgados, mas ainda assim muito acima da média. Porém, o som se distancia do metal de outrora e se moderniza. A banda encerrou suas atividades em 2005 mas neste ano estão de volta com mais um EP, Praise, desta vez, deixando de lado o metal definitivamente.

A discografia da banda :
  • 1995: Vento Forte
  • 1997: O Sentido da Vida (com Celso de Freyn no vocal)
  • 2000: Seaquake
  • 2001:Adrift
  • 2002: Marcas de um tempo (EP) (retorno de Celso de Freyn)
  • 2008: Praise (EP)
Confiram O Sentido da Vida aqui!

domingo, 29 de junho de 2008

Hudson Cadorini - Turbination (2008)


Quem já foi a algum show da dupla sertaneja Edson & Hudson, ou mesmo os assistiu pelo youtube, sabe que lá pelas tantas o Hudson pega sua guitarra e faz um solo onde se percebem fartas influências roqueiras.

Bem, até aí, nada demais. Vários sertanejos tocam algum instrumento (e alguns fingem também, ehehe), outros já se declararam fãs de rock (Christian e Ralf se amarram em Pantera!) mas esse cara foi além, gravou um disco de rock. O trabalho chama-se Turbination, e é mezzo instrumental mezzo cantado e conta com convidados de peso: Andria e Ivan Busic no baixo e bateria e Andreas Kisser participando na guitarra.

Ao terminar de ouvir o trabalho do cara tive uma certeza: o cara não toca guitarra apenas, ele é guitarrista mesmo, e dos bons. Quanto às composições, algumas empolgam, com uma pegada bem legal, enquanto outras ficam muito presas ao formato base-solo, ou seja, falta o desenvolvimento de um tema. Tentando explicar de outra forma: mesmo quando a música é instrumental, ela tem uma parte cantada por algum instrumento, no caso dele, seria a guitarra mesmo.

Apesar disso, qualquer iniciativa no sentido de elevar o rock and roll no Brasil é louvável, e quando se trata de um trabalho bem feito, bem gravado e acima de tudo honesto, temos que tirar o chapéu. Agora, como cantor o cara se revelou um excelente guitarrista.

Para quem quiser conferir, aí vai o link. Agradecimentos ao Ulires do Ziunanet.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Revolution Renaissance - New Era (2008)


Recentemente, o guitarrista, líder e faz-tudo do Stratovarius, Timo Tolkki, anunciou o fim da banda em seu site oficial. Mesmo já esperando essa notícia, principalmente por causa do fracasso total e absoluto da tentativa de retorno da banda após o longo tratamento de saúde de Tolkki (ouça Stratovarius (2005) e decepcione-se!), quem é fã da banda, como eu, ficou bastante chateado com a confirmação desse fato.

Afinal de contas, o Stratovarius chegou a ser cogitado pelos idos de 1998 como o sucessor do Iron Maiden ao posto de maior banda de heavy metal do mundo. Eu explico antes que um fã mais ardoroso da donzela de ferro se sinta ofendido. É que nessa época a referida banda inglesa não estava passando por um bom momento, tendo que suportar Blaze Bailey cantando (quanta maldade...). A banda finlandesa, ao contrário, passava por uma fase gloriosa, com álbuns magníficos já lançados, como Episode, Destiny e o espetacular, estrondoso e magnífico Visions.

Mas, quis o destino que assim terminasse a gloriosa carreira do Stratovarius, que, apesar de não ter correspondido às expectativas da mídia (principalmente por causa da saúde de Tolkki), tem uma bela história escrita no Livro de Ouro do Rock and Roll.

Antes da separação definitiva, a banda estava trabalhando naquele que seria o verdadeiro retorno triunfal. Revolution Renaissance em sua versão demo vazou na net, coisa frequente nos dias de hoje, e podemos constatar, mesmo que as músicas ainda não estivessem devidamente mixadas, que os caras não estavam de brincadeira, e que a magia parecia estar de volta. Belas canções no estilo dos referidos álbuns da época de ouro da banda me fizeram crer que agora a coisa ia andar.

Eis que brigas internas, desentendimentos, egos insuflados e toda aquela baboseira que estamos cansados de relatar aqui fizeram com que Tolkki desse uma de Justus e demitisse todo mundo. E por incrível que pareça, todos saímos ganhando muito com isso! Kotipelto é um excelente vocalista e tinha, digamos, a cara e a voz da banda, mas, devido ao desgaste de relacionamento, o clima parecia não estar mais muito agradável. Vamos continuar ouvindo a sua bela voz na sua carreira solo, com certeza.

Bem, e o que fez Tolkki? Pegou pesado!!!!!!!! Aproveitou todo o trabalho que já estava feito, batizou a nova banda de Revolution Renaissance e, de quebra, chamou um dream team para cantar: Michael Kiske (ex-Helloween), Tobias Sammet (Edguy e Avantasia) e Pasi Rantanen (alguém conhece esse? O cara canta hein!).

Os nossos ouvidos agradeceram muito! Baixem as duas versões nos links abaixo e tirem suas próprias conclusões!

Formação do Revolution Renaissance:

Timo Tolkki - guitars
Pasi Heikkilä - Bass
Joonas Puolakka - Keyboards
Mirka Rantanen - Drums
Michael Kiske - Vocals on 2, 4, 8, 9 & 10
Tobias Sammet - Vocals on 1 & 6
Pasi Rantanen - Vocals on 3, 5 & 7

Links:

http://lix.in/-2505d1 (demo com Timo Kotipelto nos vocais)

http://lix.in/-2ca610 (versão oficial com Michael Kiske, Tobias Sammet e Pasi Rantanen nos vocais)

Créditos dos links para o Power Ride!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Michael Kiske - Past in Different Ways (2008)


Após sua saída do Helloween na primeira metade da década de 1990, Michael Kiske declarou-se convertido a uma religião obscura e saiu alardeando pelos quatro cantos que odiava o heavy metal, literalmente cuspindo no prato que comeu por quase dez anos. Lançou bons álbuns como artista solo, todos fazendo uma linha mais light, com pouco peso mas ainda assim bons, a saber: Instant Clarity (96), Readiness to Sacrifice (99) e Kiske (06). Nesse longo espaço entre o segundo e o terceiro disco solo, montou uma banda chamada Supared, que lançou um fraco álbum homônimo em 2003.

Eis que recentemente, mr. Kiske coloca no mercado um disco apenas com canções de sua fase heavy metal, todas recebendo uma releitura. Bem, ao ouvir o trabalho fiquei decepcionado e contente ao mesmo tempo. Decepcionado por que, tirando o instrumental, basicamente acústico, as linhas vocais são idênticas às gravações originais, e contente exatamente pelo mesmo motivo, por que o cara continua com a mesmíssima voz, cantando muito bem.

Pra mim, continua figurando a lista dos dez melhores vocalistas de heavy metal de todos os tempos.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Rush - uma banda ou uma religião? Parte 2

Fase progressiva:
Classificar uma banda como o Rush é extremamente difícil, já que os caras inventaram seu próprio estilo. Fazer uma divisão da sua carreira em fases é mais difícil ainda, pois não existe uma direção definida e como já mencionei na primeira parte deste post, a liberdade de criação sempre foi a tônica da carreira da banda. Mas, como gosto de desafios e tenho disposição para aguentar as críticas que virão, fiz uma divisão baseada nos álbuns ao vivo, que de certa forma, demarcam o final de uma fase e o início da outra.

Pois então, a fase progressiva é caracterizada por um uso mais explícito dos sintetizadores e dos famosos Taurus Pedals (quem toca baixo ou guitarra e tem mais de 30 anos deve saber bem o que são e quem tem menos, joga no google pra saber, uahuahauha). Além disso, as músicas estão mais longas e subdividas em várias partes, e todos os três estão no auge do seu vigor físico e intelectual.

A Farewell to Kings (1977)
Em uma fase inspiradíssima, a banda compõe um dos seus álbuns mais geniais, enterrados no progressivo até o pescoço. Os sintetizadores aparecem explicitamente, principalmente nos interlúdios (quando Geddy deixava o baixo e liberava suas mãos para os teclados). É aula pra todo lado, de baixo, de guitarra e de bateria. O disco pode (e deve) ser ouvido da primeira à última faixa, e não há como destacar alguma música, já que a faixa título, Xanadu, Closer to the Heart, Cinderella Man, Madrigal e Cignus X-1 formam uma obra completa e irretocável.



Hemispheres (1978)
A capa faz uma alusão ao que se deve esperar do álbum. O homem nu de um lado do cérebro representa o lado emocional, enquanto o homem de terno, do outro lado, representa o lado racional. É o que se ouve neste fantástico disco, um balanço entre a melodia das canções e a técnica apurada dos músicos. Apesar de ter apenas 4 músicas, este álbum traz dois dos maiores sucessos da banda: a clássica The Trees e a instrumental La Villa Strangiato, que faz qualquer baterista cair em prantos de tanta emoção.


Permanent Waves (1980)
Um disco que já apontava para a próxima transição, apresentando sinais da nova fase que estava chegando, o que pode ser conferido em The Spirit of Radio, um grande sucesso nas Fm's. Mas, o que ouvimos aqui ainda está bastante enraizado no progressivo (ouça Jacob´s Ladder e Natural Science). Geddy já não berra tanto, está bem mais contido e consciente de sua voz, o que torna a audição mais agradável.




Moving Pictures
(1981)
Sem sombra de dúvida, o disco mais bem sucedido comercialmente da banda, graças ao hit radiofônico Tom Sawyer, tema dos seriado global Profissão: Perigo. Porém, não deve passar em branco o fato do disco como um todo ser muito bom. Destaque para os clássicos eternos: Red Barchetta, YYZ e Limelight. O sucesso comercial não foi coincidência, visto que as músicas estão ligeiramente mais acessíveis ao público em geral.




Exit...Stage Left
(1981) (ao vivo)
Segundo registro ao vivo da banda, e, para variar, os caras reproduzem ao vivo tudo o que fazem no estúdio, com um plus, a energia do palco. Geddy, Alex e Neil não precisam nem olhar mais um para o outro, é impressionante o nível de entrosamento que esses caras atingiram. Encerraram aqui a fase progressiva.


Continua...