sexta-feira, 27 de março de 2009

Alice Cooper - Hey Stoopid (1991)


Alice Cooper é um daqueles artistas raros. O cara conseguiu se manter relevante durante muito tempo, atravessou décadas, modernizou o seu som pra continuar vivo, e conseguiu chegar até os dias de hoje sendo respeitado e reconhecido como um dos precursores do rock/metal.

Hey Stoopid é o sucessor de Trash (1989), que trouxe um Alice um pouco mais pop, mas ainda muito venenoso, e obteve grande sucesso de crítica e de público. Para manter o mesmo nível desse álbum, Alice trouxe uma competente banda, formada por Mickey Curry - Bateria, Stef Burns - Guitarra, Hugh McDonald - Baixo e Derek Sherinian - Teclado, além de participações muito especiais de Slash, Ozzy Osbourne, Vinnie Moore, Joe Satriani, Steve Vai, Nikki Sixx e Mick Mars (ambos do Mötley Crüe).

O resultado? Rock and Roll básico, clássico e essencial para sua noite de sexta-feira! Keep rockin' Alice!!!!

Down!!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eterna - Papyrus (1999)


Muitos torcem o nariz ao saber que o som praticado por uma banda é cristão, e não chegam nem a ouvir, tomados por puro preconceito. Da mesma forma que não deixo de ouvir uma banda por que os caras são Black, faço o mesmo quando se trata de White, afinal, tudo é música, e no final das contas, não me importo com o conteúdo das letras, mesmo por que, no fundo muitos falam de Deus ou do "coisa ruim" para vender mais ou só pra chamar atenção mesmo.

Deixando as questões filosófico-político-religiosas de lado, venho falar hoje de Papyrus, o segundo disco dos paulistanos do Eterna. Os caras são católicos e praticam um Power Metal com umas pitadas de Prog de primeira linha, e ao contrário dos congêneres do estilo, suas letras não são demasiadamente pedantes no sentido religioso da coisa. São até bem discretos, e isso é bom.

O som é poderoso, com vocais inacreditavelmente coesos e matadores, a cargo do baixista Alexandre e do baterista (isso mesmo, o cara detona nas baquetas e canta padaná!) Danilo. O guitar Paulo Frade também manda muito bem e o resultado é um som empolgante! Preste antenção nas faixas Working Man, Da Pace Dominem e Mary's Son, e tente não cantar depois de ouvir uma única vez.

Deixe os pré-conceitos de lado e concentre-se no som. Satisfação metálica garantida!!!

Baixe! (Wma)

Baixe! (mp3)

sábado, 14 de março de 2009

Guns 'N' Roses - GN'R Lies (1988)


Desculpem-me os fãs mais ardorosos, mas o Guns N' Roses de hoje é uma piada e não é nem sombra do que já foi no passado. Resolvi ouvir o álbum GN'R Lies depois de muito tempo, e bateu um saudosismo forte, que me levou inclusive a escrever essas palavras.

Responsável pelo último suspiro do hard rock na década de 80 antes do fenômeno grunge exterminar por um bom tempo as bandas do estilo, (com honrosas exceções, como Winger, que resistiu bravamente nessa época difícil), o Guns foi um fenômeno como poucas vezes se viu na história do rock.

Não se faz uma grande banda sem grandes sacadas, e esse GN'R Lies foi uma delas. Aproveitando o estrondoso sucesso do álbum anterior, que marcou a estréia oficial, o multi-platinado Appetite For Destruction (1987), esse álbum trouxe de volta o primeiro disco da banda, Live?!*@ Like a Suicide, que fora lançado de forma independente em 1986, acrescido de quatro faixas no formato acústico, entre elas a mega-balada-açucarada Patience.

Excelentes músicas como Reckless Life, Mama Kin, Nice Boys e Move to the City mostram uma fase bem legal da banda, bem roqueira e ainda pouco afetada (Axl canta sem se esgoelar tanto!), além, é claro, do lance do acústico, uma verdadeira premonição do futuro. Resultado, esse álbum vendeu aproximadamente 23 milhões de cópias, uma marca impressionante para um disco com apenas 8 músicas.

Hoje, infelizmente, o que vemos é um Axl Rose gordo e fora de forma, tentando reerguer uma banda que já morreu há muito tempo. Chinese Democracy é o retrato disso, deprimente, inclusive pela novela que foi o seu lançamento. A banda, além de Axl, só conta com o tecladista Dizzy Reed, que nem fez parte da formação original.

O título GN'R Lies seria mais apropriado para a atual fase da banda, uma verdadeira mentira. E tome saudosismo...

Download (link original da Combe do Iommi)

terça-feira, 10 de março de 2009

Vários Artistas - The Dream Goes On (2008)


Lembro-me bem de quando ouvi Dream Theater pela primeira vez. Foi o álbum Change of Seasons, que continha alguns covers gravados ao vivo e uma única faixa inédita, a faixa título, com mais de 20 minutos de duração. Nessa época, o Dream Theater era uma grande promessa do metal mundial.

Hoje, a banda tem espaço garantido na calçada da fama do rock mundial, junto com gigantes do estilo, e absoluta à frente do sub-estilo que criou: o metal progressivo. Muitas bandas tentaram e ainda tentam se parecer com o Dream Theater, mas é incrível, nenhuma chega nem perto da original.

O timbre peculiar de LaBrie, ora esganiçado, ora grave e aveludado, a guitarra milimétrica e absurdamente rápida de John Petrucci, o baixo sobrenatural de Myung, o teclado pomposo de (atualmente) Jordan Rudess e o rolo compressor chamado Mike Portnoy formam uma massa sonora ímpar e muito difícil de ser imitada.

Bem, se imitar não dá, só resta homenagear os caras. The Dream Goes On é um tributo argentino ao Dream Theater, e confesso que nunca ouvi falar em nenhuma banda, com exceção do Magica, que por sinal é muito boa.

As versões variam de absurdamente iguais a bem livres, o que torna o trabalho ainda mais interessante, e em grande parte, foram selecionadas canções da fase Image and Words, considerada uma das mais influentes, e que com certeza, definiu para o mundo o que é prog metal.

Muitos sentem um calafrio só de ouvir falar, mas, é impossível negar que os caras são geniais. Você terá certeza disso quando ouvir canções como Take the Time, As I Am, Another Day, Under a Glass Moon, entre outras, interpretadas por ilustres desconhecidos, mas que também reconhecem no quinteto norte-americano a maior referência do estilo.

cd1
cd2