quarta-feira, 30 de julho de 2008

Slaughter - Stick It To Ya (1990)


Após sairem da banda Vinnie Vincent Invasion, Mark Slaughter e Dana Strum formaram o Slaughter. Em 1990, o glam rock não estava mais no auge, mas ainda exsistia um espaço muito bom na mídia para bandas do estilo, e de fato tivemos o surgimento das fantásticas Poison, Skid Row, Winger, entre outras.

Aproveitando-se muito bem da situação, lançaram o petardo de estréia, Stick It To Ya, que atingiu disco de ouro nos Estados Unidos em apenas dois meses, e posteriormente, chegaria à impressionante marca de platina tripla.

E não é pra menos, afinal, trata-se de um biscoito muito fino. Recheado de canções extremamente empolgantes como Up All Night, Burning Bridges e Mad About You e baladas de arrancar lágrimas como Spend My Life e o mega-hit Fly to the Angels, Stick It To Ya é a trilha sonora perfeita para uma festa à beira de uma piscina regada a muita bebida e com muitas garotas peitudas.

Sobre a faixa Fly to the Angels, existe um fato no mínimo curioso. A banda chegou a ser processada por que uma pessoa teria se suicidado supostamente após ouvir essa música. Não é para tanto, mas eu mesmo quase bati meu carro quando ouvi essa música pela primeira vez.

Sobre Mark Slaughter, tenho que dizer que o cara é um desses casos de raro talento. Além do seu vocal magnífico de hard rock (meio afetado, mas maravilhoso, ehehehe), possui inúmeros outros talentos. Toca guitarra e piano, além de emprestar sua voz para animações como Animaniacs, Batman Beyond, Freakazoid, Rocket Power, para comerciais de Tv (Toyota, Hot Wheels, etc) e até trailers de filmes e da Fox Sports.

Sobre Stick It To Ya, tenho que dizer: BAIXEM AQUI E AGORA!!!

Up all night, sleep all day. Esse é o lema!


quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rock Star (2001)

Em geral, filmes sobre rock são mal feitos. Salvo raras exceções, a visão do diretor é muito romanceada ou até mesmo preconceituosa, além de não conseguir traduzir para o grande público o que de fato acontece nos palcos e nos bastidores do rock and roll.

Rock Star
(Warner Bros, 2001) é uma dessas exceções, e foi uma grata surpresa para mim. A estória é baseada em fatos reais, e conta como Tim Owens, um fã do Judas Priest e vocalista de uma banda tributo, assumiu o lugar de Rob Halford. Infelizmente, a referida banda inglesa não autorizou a utilização do seu nome, e foi criada uma banda fictícia, o Steel Dragon.

O ator principal é Mark Wahlberg, que interpreta o garoto que trabalhava num escritório e que tinha uma banda cover do Steel Dragon. O grande barato desse filme é que uma parte dos atores que fazem papel de músicos são realmente músicos, o que confere uma fidelidade muito grande ao universo rock. Participaram do filme como atores: Zakk Wylde, Jeff Pilson e Jason Bonham.

Além disso, como O Judas também não autorizou a utilização de suas músicas, a trilha sonora foi composta pelos músicos acima citados, e pelos vocalistas Jeff Scott Soto e Michael Matijevic. O primeiro é velho conhecido de todos, inclusive aparece com frequência aqui no blog. Mas e esse tal de Matijevic? Ele é vocalista de uma banda chamada Steelheart, que diga-se de passagem, é A.N.I.M.A.L.!!!!!

O primeiro disco do Steelheart foi produzido por um tal de Bruce Dickinson, que ficou estupefato com o poder vocal de Matijevic, só pra vocês terem uma idéia de como esse rapaz detona!

Fica então a recomendação para que assistam ao filme acima citado. Vale realmente muito a pena. Para quem quiser conferir os vocais arrasadores de Matijevic, vou disponibilizar duas opções:

Trilha Sonora de Rock Star (2001): baixe aqui.
Steelheart (1990): baixe aqui.

Boa diversão!!!

domingo, 13 de julho de 2008

13 de julho - Dia Mundial do Rock

Para quem realmente gosta de rock, para quem vive de rock ou simplesmente vive o rock, não existe nada mais esdrúxulo do que essa data. É quando o Jornal Nacional vai dedicar 30 segundos do seu valioso tempo para falar sobre esse estilo cinquentão, criado e apreciado por doidões.

Pra muita gente, usar uma camiseta preta, cabelo comprido, fazer uma tatuagem ou colocar um brinco ou piercing é moda, assim como lembrar do rock apenas nesse dia 13 de julho é algo inventado pela mídia.

Todos os dias para mim são dias de rock. Rock não é um estilo musical, é um estilo de vida.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Rush - uma banda ou uma religião? Parte 3

Fase pop-prog:

A banda resolve inovar novamente e aponta numa direção mais pop, porém, isto para o Rush nunca significou abrir mão da qualidade. Apenas as músicas ficaram um pouco mais acessíveis para o grande público.

Signals (1982)

Contém uma das músicas mais pop que o Rush já fez: New World Man. Em compensação, tem uma das melhores também: Subdivisions.






Grace Under Pressure
(1984)
O disco mais variado da banda e talvez por conta disso, é considerado fraco e um dos mais mal sucedidos comercialmente. Claro, trata-se de uma grande injustiça, pois todas as músicas são boas extremamente agradáveis de se ouvir (Geddy não grita mais!). É daqueles discos pra deixar rolar enquanto se estuda, trabalha, etc.




Power Wind
ows (1985)
Aqui é o arena rock que impera, ou seja, aquelas músicas que mostram o seu real valor quando executadas muito altas, em grandes estádios. E foi justamente isso que o Rush fez nessa época, grandes apresentações com muitos efeitos especiais, telões, bonecos, etc. Grandes canções para arrasar quarteirões: Big Money, Manhattan Project e Marathon. Não preciso dizer mais nada, ou preciso?




Hold Your Fire
(1987)
O uso de touch pads na bateria, e até de todo um set eletrônico começou a fazer parte da bateria de Neil Peart. Essa era uma tendência muito forte na segunda metade da década de 80, e muitas bandas lançaram mão desta tecnologia. Destaques para Force Ten, Time Stand Still, Prime Mover, Mission e Turn the Page. Arena rock de primeiríssima.





A Show of Hands
(1988) (ao vivo)

Um belo registro ao vivo desta que foi a fase mais popular da banda até então. Esta tendência já havia discretamente com os hits Tom Sawyer e The Spirit of Radio, mas agora se tornou evidente o novo caminho esclhido pela banda. Geddy está enfiado nos teclados até o pescoço, e é difícil vê-lo no centro do palco nesse show, pois os teclados ficam à direita do mesmo.



quinta-feira, 3 de julho de 2008

Stauros - O Sentido da Vida (1997)


Quem tem muitos cds e/ou vinyl e trabalha muito como eu, em geral não tem tempo de ouvir tudo o que consegue comprar/gravar/baixar por aí nesses tempos modernos de informações musicais abundantes e de fácil acesso. Pois bem, não raramente, ao realizar incursões pelo meu modesto acervo de cd´s, deparo-me com algum material ainda não devidamente apreciado. Desta feita, peguei um disco de uma banda chamada Stauros e fui ouvindo no carro, e o resultado é que faz uma semana que ele não sai do meu cd player.

Posso garantir aos amigos frequentadores deste humilde blog que trata-se de um material extremamente interessante, e por que não dizer, histórico. Stauros foi a primeira banda de white metal nacional e O Sentido da Vida foi, sem dúvida, o seu trabalho mais aclamado, rendendo para a banda excursões pelo Brasil e pelo mundo e a inclusão de suas músicas numa compilação da “Heavens Metal Magazine”, a maior referência no estilo white do mundo.

Para os que não ligaram o nome à pessoa ainda, white metal é um estilo de metal com letras que falam em Deus, Jesus e coisas relacionadas à religião cristã, tanto que também é conhecido como Christian Metal. Antes que os mais puristas torçam o nariz, sugiro que ouçam, independentemente de professarem alguma religião ou não. Garanto que irão se surpreender, principalmente com o vocal de Celso de Freyn.

O cara é uma espécie de encarnação tupiniquim de Rob Halford do Judas Priest. Duvidam? Ouçam a faixa Toda Dor, o maior clássico do white metal nacional e onde Celso destila todo o seu veneno vocal. Não tem como não se arrepiar no refrão: "toda doooooooooor, toda dooooooooor, toda dooooooooooooooor". S.E.N.S.A.C.I.O.N.A.L.!!!

Além de Celso, toda a banda é bastante competente, mas o estilo puxado para o progressivo torna o trabalho um pouco difícil de digerir, e são necessárias várias audições para se começar a apreciar o talento desses barrigas-verdes (os caras são de Florianópolis).

Infelizmente, Celso deixou a banda após esse disco, mas retornou em 2002 para gravar um EP chamado Marcas de um Tempo. Com uma produção melhor do que O Sentido da Vida, esse trabalho mostra um trabalho de guitarras muito mais convincente e um Celso um pouco mais contido nos seus vocais rasgados, mas ainda assim muito acima da média. Porém, o som se distancia do metal de outrora e se moderniza. A banda encerrou suas atividades em 2005 mas neste ano estão de volta com mais um EP, Praise, desta vez, deixando de lado o metal definitivamente.

A discografia da banda :
  • 1995: Vento Forte
  • 1997: O Sentido da Vida (com Celso de Freyn no vocal)
  • 2000: Seaquake
  • 2001:Adrift
  • 2002: Marcas de um tempo (EP) (retorno de Celso de Freyn)
  • 2008: Praise (EP)
Confiram O Sentido da Vida aqui!