Classificar uma banda como o Rush é extremamente difícil, já que os caras inventaram seu próprio estilo. Fazer uma divisão da sua carreira em fases é mais difícil ainda, pois não existe uma direção definida e como já mencionei na primeira parte deste post, a liberdade de criação sempre foi a tônica da carreira da banda. Mas, como gosto de desafios e tenho disposição para aguentar as críticas que virão, fiz uma divisão baseada nos álbuns ao vivo, que de certa forma, demarcam o final de uma fase e o início da outra.
Pois então, a fase progressiva é caracterizada por um uso mais explícito dos sintetizadores e dos famosos Taurus Pedals (quem toca baixo ou guitarra e tem mais de 30 anos deve saber bem o que são e quem tem menos, joga no google pra saber, uahuahauha). Além disso, as músicas estão mais longas e subdividas em várias partes, e todos os três estão no auge do seu vigor físico e intelectual.
Pois então, a fase progressiva é caracterizada por um uso mais explícito dos sintetizadores e dos famosos Taurus Pedals (quem toca baixo ou guitarra e tem mais de 30 anos deve saber bem o que são e quem tem menos, joga no google pra saber, uahuahauha). Além disso, as músicas estão mais longas e subdividas em várias partes, e todos os três estão no auge do seu vigor físico e intelectual.
A Farewell to Kings (1977)
Em uma fase inspiradíssima, a banda compõe um dos seus álbuns mais geniais, enterrados no progressivo até o pescoço. Os sintetizadores aparecem explicitamente, principalmente nos interlúdios (quando Geddy deixava o baixo e liberava suas mãos para os teclados). É aula pra todo lado, de baixo, de guitarra e de bateria. O disco pode (e deve) ser ouvido da primeira à última faixa, e não há como destacar alguma música, já que a faixa título, Xanadu, Closer to the Heart, Cinderella Man, Madrigal e Cignus X-1 formam uma obra completa e irretocável.
Hemispheres (1978)
A capa faz uma alusão ao que se deve esperar do álbum. O homem nu de um lado do cérebro representa o lado emocional, enquanto o homem de terno, do outro lado, representa o lado racional. É o que se ouve neste fantástico disco, um balanço entre a melodia das canções e a técnica apurada dos músicos. Apesar de ter apenas 4 músicas, este álbum traz dois dos maiores sucessos da banda: a clássica The Trees e a instrumental La Villa Strangiato, que faz qualquer baterista cair em prantos de tanta emoção.
Permanent Waves (1980)
Um disco que já apontava para a próxima transição, apresentando sinais da nova fase que estava chegando, o que pode ser conferido em The Spirit of Radio, um grande sucesso nas Fm's. Mas, o que ouvimos aqui ainda está bastante enraizado no progressivo (ouça Jacob´s Ladder e Natural Science). Geddy já não berra tanto, está bem mais contido e consciente de sua voz, o que torna a audição mais agradável.
Moving Pictures (1981)
Sem sombra de dúvida, o disco mais bem sucedido comercialmente da banda, graças ao hit radiofônico Tom Sawyer, tema dos seriado global Profissão: Perigo. Porém, não deve passar em branco o fato do disco como um todo ser muito bom. Destaque para os clássicos eternos: Red Barchetta, YYZ e Limelight. O sucesso comercial não foi coincidência, visto que as músicas estão ligeiramente mais acessíveis ao público em geral.
Exit...Stage Left (1981) (ao vivo)
Segundo registro ao vivo da banda, e, para variar, os caras reproduzem ao vivo tudo o que fazem no estúdio, com um plus, a energia do palco. Geddy, Alex e Neil não precisam nem olhar mais um para o outro, é impressionante o nível de entrosamento que esses caras atingiram. Encerraram aqui a fase progressiva.
Continua...
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