terça-feira, 31 de julho de 2007

Treat - Weapons of Choice (1984 - 2006)


Galera, estou finalizando os posts deste mês de julho com uma banda que descobri recentemente vasculhando outros blogs na Net. Trata-se do Treat, que pratica um hard rock melódico, com muitos backing vocals, como aliás é característico do estilo, e um trabalho de guitarra na maioria das vezes econômico, porém eficaz, ao contrário dos teclados.

Os caras são da Suécia, terra natal do Europe, seus conterrâneos mais famosos, e igualmente mais afetados. Gosto muito de Joey Tempest, John Norum e cia, mas, às vezes enche o saco tanto laquê, purpurina e panos esvoaçantes...Bem, o visual dos caras na década de 80 não era diferente, mas, o que importa neste blog é o som, e este é realmente empolgante. Dá vontade de cantar junto, de tomar umas geladas, de dirigir acima dos 140 km/h, opa, isso não pode escrever aqui, ehehehe.

Trata-se de uma coletânea, ideal para se começar a conhecer uma banda, concordam? Destaques para as fantásticas I Burn For You, Mr. Heartache, Sole Survivor, Get You On the Run, Party All Over, além de muitas baladas, como não poderia faltar. É uma verdadeira máquina do tempo, que vai fazer vocÊs se sentirem em uma festinha americana dos anos 80. Confiram!

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Password: i burn for you

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Hell´s Belles

Para quem ficou curioso para ouvir o som das Hell´s Belles (cover feminino do Ac/Dc) aqui vai um belo registro da performance ao vivo das moças. Vale a pena, hein!!!

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Password: angus

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Dark Avenger - Dark Avenger (1995)



Este é o álbum de estréia desta banda de Brasília que pratica um heavy metal bastante honesto, claramente influenciado por bandas como Iron Maiden e Savatage, ou seja, bem anos 80. Apesar disso, o som parece mais atual, e o destaque absoluto vai para a voz poderosa de Mário Linhares.

Infelizmente, é muito difícil "viver de música" no Brasil. Mais difícil ainda é viver de rock, e é quase uma tarefa monástica (eita) viver de heavy metal. Por isso, a banda encerrou suas atividades em 2005, mas o seu nome ficará registrado para sempre na história do estilo.

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Password: die mermaid

quarta-feira, 18 de julho de 2007

13 de julho - Dia Mundial do Rock

É muito interessante observar as matérias sobre o Dia Mundial do Rock que são veiculadas, principalmente pela mídia televisiva. Eles (ainda) insistem na imagem do roqueiro cabeludo, tatuado, com roupas de couro e aparência de drogado, montado em sua Harley Davidson, colocando ao fundo, imagens de Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, The Doors, Jimi Hendrix e Janis Joplin.

Jimi Hendrix


Sobre esses últimos, não há espaço para contestação, são verdadeiros ícones e nem mesmo um alienígena que passou os últimos 30 anos em Marte poderia negar a importância que essas figuras tiveram para a cultura em geral. Mas, a impressão que fica é que o estilo morreu no Festival de Woodstock em 1969. O que a mídia não sabe ou finge não saber, é que o rock foi reinventado várias vezes nas décadas que se seguiram (dando origem às infindáveis denominações que hoje só a mídia especializada é capaz de entender) e mantém-se vivo até hoje.


Led Zeppelin


Nos anos 70 vieram o rock progressivo de Genesis, Yes e Pink Floyd, o hard rock de Led Zeppelin, Deep Purple, Ac/Dc, Rush, Kiss e Rainbow, o heavy metal de Judas Priest e Black Sabbath e o punk de Ramones, Sex Pistols e The Clash.


Judas Priest


Nos anos 80 foi a vez da new wave of british heavy metal de Iron Maiden e Saxon, do heavy metal de Savatage, Grave Digger, Manowar do metal melódico de Helloween, do hard rock farouf de Bon Jovi, Dokken, Ratt, Europe e Whitesnake, o pop rock de U2 e The Police e o thrash de Kreator, Slayer, Metallica e Sepultura, além do inclassificável mad man Ozzy Osbourne e dos guitar heroes Yngwie J. Malmsteen, Joe Satriani, Steve Vai e Vinnie Moore.


Steve Harris (Iron Maiden)


Nos anos 90, surgiram o grunge de Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains, o metal melódico de Viper e Angra, o hard rock de Winger e Dr. Sin, o metal progressivo de Symphony X e Dream Theater, o speed metal de Stratovarius e Gamma Ray, o black metal de Dimmu Borgir e Cradle of Filth e o metal-gótico-com-vocal-feminino de The Gathering, Tristania e Nightwish.


Soundgarden


É claro que existem muitos outros nomes que mereceriam ser citados, mas, não existe espaço suficiente para mencionar todos. Destacamos acima a
penas os mais lembrados pela própria mídia, que, infelizmente, esquece de todos eles quando quer contar a história do rock em 30 segundos.

Black Sabbath


A consequência disso é que, quando insiste em mostrar apenas os doidões dos anos 60, reforça o estereótipo do roqueiro criado por ela mesma e ignora que o estilo mudou a partir de um fato muito importante ocorrido nos idos dos anos 70: a profissionalização.

André Matos


As grandes gravadoras perceberam que o rock se configurava como um bom investimento: baixo custo de produção dos discos associado a um crescente interesse do público pelo estilo. Vieram as grandes turnês, os mega espetáculos, as super produções, e o jovem rock, com menos de vinte anos, já havia se tornado um grande negócio, movimentando muito dinheiro e fazendo milionários os principais artistas do gênero.


Uriah Heep


Ainda na década de 70, a figura do hippie-cabeludo-mau-cheiroso-com-flor-no-cabelo foi trocada pela do excêntrico-milionário-pervertido, e a partir daí, a profissionalização se impôs como fator de sobrevivência, devido à concorrência entre as bandas, que não paravam de proliferar nos quatro cantos do mundo. Não havia mais espaço para a figura do roqueiro que vive uma viagem astral em busca do auto-conhecimento, era preciso trabalhar muito, seja na produção ou na divulgação dos discos e shows.


Kiss


Surgiram então as primeiras bandas puramente comerciais, que se preocupavam mais com o cabelo, roupas e maquilagem do que com o a sua própria música. A super exposição nos meios de comunicação e os famosos jabás das gravadoras os transformavam em ídolos do rock com uma velocidade atordoante. Para algumas bandas, essa atitude poser foi passageira e o que se viu depois foi uma retomada das suas carreiras, mas, para a maioria, significou a decadência total de suas trajetórias. É o fim de tudo que é descartável.


Steve Vai e David Coverdale (Whitesnake)


Atualmente, o rock conta com dezenas, talvez centenas, de subdivisões e classificações, umas mais novas, outras nem tanto, tais como black metal, death metal, true metal, doom, splatter, stoner, hard core, grind core, speed metal, power metal, folk metal, gothic metal, operatic, symphonic, atmospheric, poppy punk, indie, etc, etc. São milhares de bandas espalhadas por todo o mundo vivendo (sobrevivendo, em alguns casos) de fazer música pesada, apenas com o apoio da mídia especializada (revistas como Rock Brigade e Roadie Crew, zines, blogs, programas de rádio, etc), fazendo shows com muito profissionalismo e respeito ao público e empregando muitas pessoas, direta ou indiretamente.


Nightwish


Paralela à cena profissional do rock, existe a cena independente, que é ao mesmo tempo democrática e caótica. Democrática devido à facilidade de se gravar uma música utilizando um computador e à agilidade de se divulgar um trabalho pela Internet. Qualquer um pode gravar, na garagem da sua casa ou mesmo no seu quarto, e disponibilizar tudo na grande rede, sem necessidade de gravar um Cd. Caótica porque não existe mais o controle de qualidade e a peneira de uma gravadora. A frase qualquer um pode gravar assume a pior conotação possível, jogando em um mesmo caldeirão artistas legítimos e aventureiros ocasionais.


O rock mudou, os roqueiros mudaram e o público que consome essa arte também mudou. Respeitáveis pais de família, sem tatuagem e com cabelos e barbas impecavelmente feitos são a imagem dos consumidores de rock e até de alguns roqueiros de hoje em dia. Pena que a mída ainda não percebeu isso.


domingo, 15 de julho de 2007

Até as plantas preferem heavy metal!

Que o heavy metal é um estilo apreciado por pessoas inteligentes e de bom gosto eu já sabia. A surpresa foi descobrir, assistindo ao Fantástico agorinha pouco, que até as plantas preferem o estilo.

O quadro Caçadores de Mitos realizou uma experiência com plantas cultivadas em estufas sob condições idênticas durante 2 meses. A única diferença era o que elas ouviam: (1) heavy metal, (2) música clássica, (3) palavras doces, (4) xingamentos e (5) não ouviu nada.

Resultado: as plantas que ouviram heavy metal cresceram mais!!!

Metal rules! Together we are strong!

Abraços.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Cinderella - Still Climbing (1994)


Apesar do nome no mínimo engraçado, essa banda merece uma atenção especial. O debut Night Songs foi lançado em 1986, auge das bandas de hard-glam-hair rock que abusavam do visual espalhafatoso, com muita purpurina, panos esvoaçantes, laquê até no ... bem, vamos pular essa parte.

A maioria das bandas daquela época possuía um vocalista afetadinho e um guitarrista ultra veloz, fritador de escalas (que em geral tinha um caso com o vocalista, ehehehe, que maldade). Não que virtuosismo não seja legal, (vejam Dokken e Ratt) mas o tempo mostrou que apenas as bandas que procuraram um diferencial sobreviveram e alcançaram os anos 90.

O Cinderella, apesar de não fugir à regra da purpurina, do laquê, etc, etc, logo se mostrou uma banda com identidade musical, com claras influências do rock setentista, valorizando mais o ritmo e a pegada do que o puro virtuosismo, além de ataques blueseiros e a sensacional voz de Tom Keifer. Como canta esse cidadão!

A banda chegou aos anos 90 com Heartbreak Station e em 1994, ainda em boa forma, lançou o seu quarto álbum, Still Climbing, repetindo a velha fórmula, hard rock blueseiro com atitude. Precisa mais?





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Password: easy come easy go

terça-feira, 10 de julho de 2007

Jeff Scott Soto, o incansável (Parte 1)

Hoje com 42 anos, Jeff iniciou sua carreira nos anos 80 e já em 1984 foi selecionado em uma audição pública para, junto com Yngwie Malmsteen (ex-Steeler), gravar o cultuado Yngwie Malmsteen Rising Force. Apenas esse episódio já serviria como um excelente cartão de visitas para o moço, mas ele queria mais.











Em 1985, ainda gravou com Malmsteen o insuperável Marching Out, para mim, o mais poderoso álbum do guitarrista sueco. Como não lembrar de clássicos como I´ll see the light tonight, I am a viking, Don´t let it end e Disciples of hell? Cara, essas músicas correm nas minhas veias... No mesmo ano saiu o disco Studio/Live ´85.

Mas, apesar do excelente trabalho realizado, todos sabem do
temperamento do sr. Yngwie e do seu complexo de Ritchie Blackmore. Pois é, Soto foi demitido ainda em 85 e substituído por Mark Boals. Em 1986, voltou à banda para fazer alguns shows da turnê do Trilogy, sendo demitido pela segunda vez ao final daquele ano.











O fantasma de Malmsteen parecia ter "agourado" a carreira de Soto. Após deixar a banda do sueco fritador de escalas, gravou uma demo com Vinnie Vincent (ex-Kiss) em 1986 mas perdeu o posto para Mark Slaughter. Nesse mesmo ano, reintegrou-se ao Panther, banda que havia abandonado em 1984 para fazer seu nome com Yngwie.

Em 1988 gravou o disco Lookin for action com o Kuni, do guitarrista japonês Kuni Takeuchi, e excursionou com essa banda por todo o resto daquele ano. Em 1989 gravou com o guitarrista italiano Alex Masi o álbum Attack of the neon shark e com o Kryst the Conqueror, formado por ex-integrantes do Misfits, o álbum Deliver Us From Evil. Nenhum desses trabalhos obteve reconhecimento da crítica. O fantasma continuava rondando...

(Continua)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Kamelot - Siége Perilous (1998)



A década de 90 foi inundada com centenas de bandas de metal melódico vindas de todos os cantos do mundo. Desde a congelada Finlândia até a Espanha, passando pela Alemanha, cada páis tinha o seu representante num estilo que ficou marcado por guitarras ultravelozes, muitos teclados, baterias ultravelozes e vocalistas afetados, atingindo notas muito altas, não raro recorrendo a falsetes e claro, refrões grudentos, que já na primeira audição, recusavam-se a sair da cabeça do ouvinte.

Em 1998, o Kamelot, banda norte-americana liderada pelo guitarrista Thomas Youngblood, lança o seu terceiro disco, apresentando o seu novo vocalista, Roy Kahn, que, de uma certa forma, nadou contra a maré das bandas que estavam em evidência naquela época. Kahn cantou em um tom de voz médio, sem fazer nenhum agudo.

O disco é muito bem produzido, trazendo teclados na medida certa para o estilo, ou seja, lado a lado com a guitarra, bateria e baixo bem marcados, numa levada coesa, com poucos bumbos (quanto mais bumbo, mais veloz) mas muita melodia. Os refrões, apesar de muito bem construídos, não são grudentos e as músicas como um todo precisam ser ouvidas mais de uma vez para serem devidamente apreciadas.

A temática do Kamelot, assim como a arte gráfica, nos remetem para a Idade Média, e claro, o som também se integra perfeitamente a essa proposta. Coerência, é o que você vai encontrar nesse fantástico trabalho de Youngblood e cia, com destaque para Once a Dream, Irea e para a aula de metal melódico da última faixa, a instrumental Siége, grandiosa, magnífica!

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Password: siege.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Tributo feminino ao AC/DC


Dando continuidade ao assunto mulheres roqueiras, descobri que existe uma banda tributo ao AC/DC (veja a matéria sobre o tributo feminino ao Iron Maiden logo abaixo). Chama-se Hell´s Belles, e, como vocês podem ver, as meninas capricham no visual.



O line-up de 2005 conta com Mandy Reed (baixo), Adrian Conner (guitarra solo), Lisa Brisbois (guitarra base), Melodie Zapata (bateria) e Jamie Nova (vocal).

A performance sempre foi um ponto alto do AC/DC, principalmente em relação ao fio desencapado-doido de pedra Angus Young. As garotas sabendo disso, levam a sério mesmo essa estória de imitar os caras, na performance, no visual e até nos instrumentos utilizados, vejam.





Mas, em uma coisa elas são melhores que o original.


A galera do gargarejo se mata...mais fotos? Confira em http://www.hellsbelles.info.

Girls got rhythm!!!


Therion - Theli (1996)


Impactante. Este foi o melhor adjetivo que encontrei para descrever a música encontrada nesse disco para os marinheiros de primeira viagem.

Atualmente penso que a diferença entre a música clássica e o heavy metal reside nos instrumentos que são utilizados, e não na música em si. Explico.

Com essa moda (parece que já passou...ufa) de bandas de rock convidarem orquestras para (re)criar seus hits esquecidos, ficou bem claro pra mim que se você tocar Rock You Like a Hurricane do Scorpions ou The Unforgiven do Metallica com violinos, teremos (belas) músicas clássicas, ao passo que se você tocar essas mesmas músicas com guitarras, teremos o bom e velho rock and roll.

O que ouvimos aqui nesse Theli, é uma instigante mistura de rock com ópera. É meio dark, meio depressivo, como toda boa ópera deve ser, mas é instigante, pois não dá pra dizer se é uma ópera com guitarras ou um rock com vocal operístico.

Quem não conhece deve baixar, e se você tem um vizinho pagodeiro, corra! baixe logo isso aqui! Ele nunca mais vai te olhar do mesmo jeito...vai ficar com medo de você, principalmente se você estampar a capa do disco em uma camiseta preta.
Até mais ver!


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Password: theli.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

The Iron Maidens

E já que o assunto é beleza, vejam só essas garotas, elas formam uma banda de rock.



Que tal? Os nomes das beldades: Aja“Bruce Chickinson” Kim
, vocais, Linda “Nikki McBURRain” McDonald, bateria, Heather “Adrienne Smith” Baker e Sara “MiniMurray” Marsh nas guitarras e Wanda "Steph Harris" Ortiz no baixo. Achou os nomes familiares?

Elas são dos EUA e formam uma banda tributo ao Maiden chamada The Iron Maidens. Conferi o site das moças (www.theironmaidens.com) e fiquei bastante impressionado com o instrumental competente (igualzinho) e com o vocal da Aja, muito poderoso, lembrando muito a grande Doro Pesch do Warlock.

Uma prova da qualidade das moças, é o reconhecimento dos caras do Maiden. Vejam o McBrain tocando com elas,


e o pessoal todo enchendo a cara com elas (o Harris escondeu o jogo, ehehehehe).


Ah, o mascote das moças é no mínimo engraçado. Avacalharam legal com o Eddie.

Up the irons! (Ops...)



Guitarra não combina com beleza?

Costumo sempre brincar que quando Deus estava distribuindo os talentos, era preciso escolher a fila da beleza ou a fila dos exímios guitarristas e/ou baixistas. Não seria possível acumular beleza e guitarrice (essa doeu).

Vejam abaixo, uma pequena coletânea daqueles que preferiram a fila dos grandes guitarristas (e passaram longe da fila da beleza):


Dimebag Darrel - Damageplan


Ritchie Blackmore - Blackmore´s Night


Kai Hansen - Gamma Ray


Flea - RHCP


Jimi Hendrix


Keith Richards - Rolling Stones


Michael Romeo - Symphony X


Timo Tolkki - Stratovarius


Geddy Lee - Rush

Porém, sabemos que é possível pagar alguém pra guardar o lugar na fila, coisa e tal. Sendo assim, a americana Katrina Joahansson é uma surpreendente exceção à regra. Confiram!

Ah, vocês devem estar pensando que a garota só posou ao lado da guitarra né? Negativo, ela manda muito bem, confira o site da moça www.katrinaguitar.com e ouça alguns trechos de suas músicas...




segunda-feira, 2 de julho de 2007

Titãs - Tudo ao mesmo tempo agora (1991)



O começo da década de 90 foi bastante complicado para quem se dispunha a fazer boa música.
O cenário internacional havia sido tomado de assalto pelas bandas grunge de Seattle (Nirvana, Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, etc) e no Brasil as duplas sertanejas estavam no auge, se é que se pode dizer isso.

Para piorar ainda mais, a economia de uma forma geral estava muito retraída, com Fernando Collor, Zélia Cardoso e sua trupe aprontando todas aquelas trapalhadas que quem tem mais de 25 anos deve se lembrar muito bem, como confisco de caderneta de poupança, etc, etc, ....

Num cenário tão turbulento, os Titãs lançam em 1991 um disco igualmente caótico chamado Tudo ao mesmo tempo agora. Os próprios integrantes produziram o trabalho, dispensando Liminha pela primeira vez, e criaram verdadeiras pérolas do rock brazuca, como Flat Cemitério Apartamento, Agora, Saia de Mim, Isso para mim é perfume, entre outras.

Mas, a crítica não perdoou os palavrões em algumas faixas, atacando o trabalho e classificando-o de infantil e apelativo. Resultado: o disco vendeu menos do que 150 mil cópias, patamar que os Titãs estavam acostumados a atingir facilmente, além de ter a sua execução proibida em algumas rádios e até em algumas lojas de discos.

A crítica não entendeu a poesia de letras como a de Isso para mim é perfume: "Isso para mim é enfeite, a cabeça do pau faz @#$% de leite, pra tomar de manhã, no café da manhã, e depois no almoço, e também no jantar...amor, eu quero te ver cagar!"

Mesmo os mais puritanos não têm razões para jogar esse trabalho no lixo. Muitas faixas como Eu vezes eu tocaram exaustivamente nas rádios, mostrando o lado comercial do disco e seu potencial para ter vendido muito mais do que vendeu.

No geral, o trabalho é bastante interessante e mesmo se você fica vermelho ao ouvir músicas com palavras de baixo calão, deve conhecer. Ah, você gosta de músicas assim? Se amarra no Velhas Virgens? Então você vai achar que elas são cantigas de ninar... mas ainda vale a pena conferir!!!


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Password: clitoris.