Originária da Espanha, mais especificamente da cidade de Madrid, o Dark Moor foi fundado em 1994, junto com a onda do metal melódico que invadiu o mundo da música pesada logo após o início da decadência do grunge. Apesar disso, só lançou o primeiro trabalho, Shadowland, em 1999.
O reconhecimento, porém, só veio no ano seguinte, quando a banda apareceu em um tributo ao Helloween chamado Keepers of Jericho, ocasião em que gravou a faixa Halloween, e chamou a atenção de Kai Hansen, que declarou ser essa a sua versão favorita do álbum.
Em relação ao som, o Dark Moor sempre soou como uma típica banda de metal melódico. O diferencial ficava por conta da vocalista Eliza Martín, afinal, um vocal feminino não é algo tão comum nesse metiê. Eliza era fundadora da banda, mas, em 2003, resolveu seguir outros projetos e abandonou o barco. Para substituí-la, a banda foi ousada, pois, o natural seria apostar em outro vocal feminino. Ao contrário, convocou Alfred Romero para assumir o posto.
A aposta não poderia ter sido mais certeira. O som foi renovado e Romero trouxe novos horizontes para a banda, inclusive com o seu timbre de voz, que lembra muitas vezes o de Klaus Meine, do Scorpions, e o seu estilo sóbrio de cantar, sem gritinhos estridentes, que lembra o de Roy Khan do Kamelot.
Autumnal é o terceiro trabalho de Alfred Romero à frente da banda. O disco abre de forma majestosa, com uma versão metálica para o Lago do Cisne, de Tchaikovsky, lembrando muito o Rhapsody. Isso mesmo, os caras resolveram tocar igual gente grande. Os arranjos estão bastante elaborados, pensados nos mínimos detalhes, e o que é melhor, a banda imprimiu uma nova levada para o já desgastado andamento do metal melódico, mais cadenciada, mais madura.
Um trabalho grandioso de uma banda com quinze anos de estrada, renovada pra mais quinze sem dúvida!
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