sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Hurd - The Best Collection 1 (2006)

Caríssimos frequentadores do blog, o rock/metal é realmente uma linguagem universal. Ainda não conheci nenhuma banda vinda do continente africano, mas, com certeza deve haver. Na verdade, acredito que não exista nenhum país do mundo em que o estilo evoluído do blues americano não tenha penetrado (eita). Onde houver jovens e rebeldia, lá estará o bom e velho rock and roll. Tive mais uma prova disso agora, ao descobrir o Hurd, banda formada na Mongólia.

O som da banda é bem interessante, basicamente metal, e me espantei pelo fato de não haver muitos clichês, apenas um leve cacoete de Iron Maiden em algumas músicas. O destaque é para as letras, todas cantadas em um idioma que, presumo eu, seja o mongol, língua oficial da Mongólia.

Acredito que rock é cultura, e uma oportunidade como essas não deve ser desperdiçada, vamos aprender mais sobre a Mongólia?


A Mongólia é um país asiático sem saída para o mar tendo a Rússia ao norte e a China a leste, sul e oeste. Sua capital é a cidade de Ulaanbaatar, que concentra um terço da população total do país.


Os mongóis ganharam fama no século XII, quando, sob a liderança de Gengis Khan, conquistaram um imenso império euroasiático. Depois da morte do seu líder, o império foi dividido em vários e poderosos estados mongóis, mas estes entraram em decadência e foram dissolvidos no século XIV. Gengis Khan foi o segundo maior conquistador da história, atrás apenas de Alexandre o Grande (atrás? assim ele apaixona...)


Os mongóis acabaram retornando às suas fronteiras originais (anteriores a Gengis Khan), e, no final do século XVII, foram dominados pelos chineses. O país retomou sua independência em 1921, com apoio soviético, e um regime comunista foi instaurado em 1924. Após uma revolução democrática pacífica, o Partido Revolucionário Popular da Mongólia (PRPM), ex-comunista, venceu as eleições em 1990 e 1992, mas foi derrotado pela Coalizão Democrática Unida (CDU) nas eleições parlamentares de 1996.
(texto retirado da wikipedia e adaptado )


Um dado interessante é que a Mongólia era o país com a menor densidade demográfica do mundo, com menos de um habitante por quilômetro quadrado (dado dos anos 60).


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Por que é tão difícil gostar de rock ou metal progressivo?


Não raro escuto por aí afora: "Dream Theater? Odeio!" Mesmo em se tratando do público do rock/metal, é muito comum ouvir comentários desse tipo. Penso aqui com meus botões: como alguém pode não gostar de uma banda tão foda? E eis que obtive uma resposta plausível no Fantástico (sim, existe vida inteligente na RG!) de um dia desses.

O cérebro aprecia as músicas em que consegue identificar algum padrão. Ele brinca constantemente de decifrar sequências harmoniosas, que não devem ser nem tão simples nem tão complicadas. Explicando melhor, é o seguinte:

O cérebro gosta de ter um pouco de trabalho quando ouve música, gosta de analisar sua estrutura e descobrir padrões. Melodias feitas de seqüências de sons muito simples, totalmente previsíveis, não têm graça. Mas também não gostamos de melodias totalmente imprevisíveis, sem nenhum padrão identificável. Agora, o que é o padrão complicado na medida certa é uma questão pessoal, que depende da experiência de cada cérebro, depende do tipo de música que ele costuma ouvir e da complexidade dela. Mas isso se aprende: quanto mais ouvimos música, melhores ficamos em encontrar padrões musicais.


Fonte: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL922615-15607-222,00.html


Minha conclusão é a seguinte: se o cérebro pode (e deve) ser exercitado, as pessoas que não gostam de música progressiva poderiam mudar de opinião se tentassem mais vezes ouvir esse tipo de som. O que acontece é que muitas vezes descartamos uma música desse estilo logo nos primeiros acordes.


É isso aí, todos malhando o cérebro de agora em diante!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dark Moor - Autumnal (2009)



Originária da Espanha, mais especificamente da cidade de Madrid, o Dark Moor foi fundado em 1994, junto com a onda do metal melódico que invadiu o mundo da música pesada logo após o início da decadência do grunge. Apesar disso, só lançou o primeiro trabalho, Shadowland, em 1999.

O reconhecimento, porém, só veio no ano seguinte, quando a banda apareceu em um tributo ao Helloween chamado Keepers of Jericho, ocasião em que gravou a faixa Halloween, e chamou a atenção de Kai Hansen, que declarou ser essa a sua versão favorita do álbum.

Em relação ao som, o Dark Moor sempre soou como uma típica banda de metal melódico. O diferencial ficava por conta da vocalista Eliza Martín, afinal, um vocal feminino não é algo tão comum nesse metiê. Eliza era fundadora da banda, mas, em 2003, resolveu seguir outros projetos e abandonou o barco. Para substituí-la, a banda foi ousada, pois, o natural seria apostar em outro vocal feminino. Ao contrário, convocou Alfred Romero para assumir o posto.

A aposta não poderia ter sido mais certeira. O som foi renovado e Romero trouxe novos horizontes para a banda, inclusive com o seu timbre de voz, que lembra muitas vezes o de Klaus Meine, do Scorpions, e o seu estilo sóbrio de cantar, sem gritinhos estridentes, que lembra o de Roy Khan do Kamelot.

Autumnal é o terceiro trabalho de Alfred Romero à frente da banda. O disco abre de forma majestosa, com uma versão metálica para o Lago do Cisne, de Tchaikovsky, lembrando muito o Rhapsody. Isso mesmo, os caras resolveram tocar igual gente grande. Os arranjos estão bastante elaborados, pensados nos mínimos detalhes, e o que é melhor, a banda imprimiu uma nova levada para o já desgastado andamento do metal melódico, mais cadenciada, mais madura.

Um trabalho grandioso de uma banda com quinze anos de estrada, renovada pra mais quinze sem dúvida!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Punto Tres - Detras del Tiempo (2008)


Imagine que numa bela manhã de domingo, Max Cavalera, em um ataque de fúria, resolva se juntar ao Children of Bodom para gravar um disco. Essa foi a melhor imagem que encontrei para descrever Detras del Tiempo, da banda mexicana Punto Tres. Ao mesmo tempo que soa thrash, também soa death com pitadas de hardcore e guitarras harmonizadas como na referida banda finlandesa. Algo difícil de explicar, mas uma coisa posso garantir: se você procura um som pesado e furioso, então pode parar de procurar, você acaba de encontrar!


Dua advertências: 1) a banda canta em espanhol, 2) fiquei com torcicolo!
Baixem aqui com cuidado!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Signal - Loud & Clear (1990)


Um deleite para os fãs do rock orientado a adultos e uma atração à parte para fãs de hard rock em geral, já que, apesar de predominantemente AOR, este play tem uma pegada bem roqueira, com uma guitarra magistral e poderosa, à cargo de Danny Jacob e o vocal estupendo de Mark Free, que havia acabado de sair do King Kobra.


Outro destaque são os backing vocals, autoria de ninguém menos que Eric Martin, futuro Mr. Big (o play é de 1990!) Sensacional! Ideal para fazer sua garota começar a ouvir rock and roll! Vai fundo camarada!


Baixando! (link original da Combe do Iommi)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Oficina G3 - Depois da Guerra (2008)


Todos os anos, no mês de janeiro, acontece nas areias da Praia da Costa (Vila Velha-ES), o Jesus Vida Verão, o maior evento gospel do litoral brasileiro. Já tive a oportunidade de assistir a várias edições deste festival, pela curiosidade e pelo prazer de escutar bandas ao vivo, mesmo que o gospel não seja meu estilo favorito.


Apesar disso, aprecio muito bandas que fazem o chamado rock gospel, coisa muito rara no evento acima citado, e sempre me perguntava: por que não trazem o Oficina G3? Aprecio o trabalho dos caras desde o começo, na década de 90, principalmente o talento de Juninho Afram, guitarrista da banda, e álbuns como Nada É Tão Novo Nada É Tão Velho e Indiferença, que são excelentes trabalhos, referências no estilo até hoje.


Eis que no ano passado meu desejo foi atendido, e, pela primeira vez, pude assisti-los ao vivo, na edição 2008 do Jesus Vida Verão. Confesso que não me empolguei muito com o show, mas, a culpa não foi da performance dos caras. O disco que eles estavam divulgando era muito baladeiro, meloso demais para o meu gosto. Mas, esse era o redirecionamento que eles haviam dado ao seu som, já há quase dez anos.


No encerramento da edição 2009 do evento, os caras retornam, e pra minha surpresa, com uma pancada certeira na orelha de todo mundo. Ah, e com uma grande novidade, um novo vocalista, Mauro Henrique, que tem uma pegada bastante agressiva e berra com vontade. O som foi totalmente renovado, e não só retornaram ao rock de outrora como introduziram muito mais peso, mas muito peso mesmo!
Procurei imediatamente ouvir o disco mais recente deles, chamado Depois da Guerra, e percebi que eles não estavam mesmo pra brincadeira. Juninho sola furiosamente como no passado, além de uma pegada nas bases a la Zakk Wylde, e em alguns momentos parecendo até nu-metal (devido a afinação baixa da guitarra, sensacional!), solos de teclado, enfim, porrada comendo solta!


Duvidam? Confiram aqui então!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Whitesnake - Monster of Rock Live (1990)


Em 1989 o guitarrista do Whitesnake machucou o punho pouco antes do início das gravações do álbum Slip of the Tongue. Era Adrian Vandenberg, exímio músico e compositor, e para substituí-lo, convidaram um tal de Steve Vai. Bem, o resto é História...

Pois então, assim que Vandenberg se recuperou, a banda voltou a ter dois guitarristas, e completavam a formação Tommy Aldridge na bateria, Rudy Sarzo no baixo e Dave Rosental nos teclados, além é claro, de Mr. Coverdale.

Monster of Rock Live é um bootleg que registra um show da turnê do referido álbum que a banda fez em Donnington, Inglaterra, e podemos apreciar como era o clima dos caras com essa formação, que durou muito pouco tempo, já que nesse mesmo ano Steve estaria lançando seu segundo álbum solo, Passion and Warfare, justamente o mais importante em sua carreira.

A performance da banda é de tirar o fôlego. Steve avacalha um pouco quando resolve soltar seus animais de estimação (quem não conhece seus gatos, cavalos e outras criaturas que ele faz com a guitarra?), mas, mesmo assim, o show é excelente, e não tinha como ser diferente com uma formaçao dessas. Tudo está a mil por hora, tenha isso em mente, era ainda a época forte do laquê e da purpurina, basta reparar nos cabelos da foto abaixo.


Steve dá um show à parte e mostra duas músicas do seu mais recente trabalho solo (naquela época), For the Love of God (clássica!) e The Audience is Listening. Coverdale baba bastante o ovo dele, mas acho que não é novidade pra ninguém a atração que este senhor tem por guitarristas jovens, cabeludos e habilidosos (que maldade, mas repare na foto acima novamente...)



sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sirenia - The 13th Floor (2009)



Intenso. Se fosse possível resumir The 13th Floor, o novo trabalho do Sirenia em uma única palavra, esta seria a mais adequada. Metal gótico com vocal feminino se tornou algo banal, por vezes enjoativo, devido ao grande número de bandas que resolveram sair do armário e pegar o vácuo de legítimos gigantes do estilo como Nightwish e legítimas farsas (porém com toda mídia) como Evanescence (por onde anda esse povo?). Contudo, de vez em quando somos surpreendidos com trabalhos como esses, feitos com coração por quem realmente respira o gothic way of life.


Desta vez o ex-Tristania e faz-tudo-da-banda, Morten Veland, caprichou pra valer. Os climas sombrios, por vezes tétricos, criados quase sempre por vocalizações poderosas de coros masculinos e intervenções guturais contrastados pela bela voz de Ailyn (olha a foto da moça abaixo...que cintura é essa meirmão!) vão caminhando melodicamente para refrões grandiosos, conduzidos por uma guitarra bastante pesada e camas de cordas e teclados.



Um trabalho para ser apreciado no seu todo, as composições inspiradas, a execução impecável e a produção primorosa. Dá gosto de ouvir um trabalho com um nível de profissionalismo que não deixa nada a desejar aos maiores artistas de outros gêneros musicais. Metal é coisa muito séria, ainda mais na Noruega.

Baixando!


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

True Symphonic Orchestra - Concerto in True Minor (2008)


Um projeto audacioso juntando um cantor de rock, JAMES LABRIE (Dream Theater) e dois tenores mundialmente famosos (isso quer dizer, menos no Brasil), THOMAS DEWALD e VLADIMIR GRISHKO. Na verdade trata-se de uma versão roqueira dos 3 tenores, que reuniu no passado três gigantes da música clássica, Plácido Domingo, Jose Carreras e Luciano Pavarotti (R.I.P.).

Luciano era o mais pop dos três tenores, tendo participado de gravações com U2 e outros artistas, mas deve ter se virado no caixão ao ouvir isso...ehehehe. Estou dizendo que o disco é ruim? De forma alguma, caso contrário, não perderia meu tempo comentando aqui, mas, acho que para transitar nesse universo clássico é preciso ter muito cuidado. Eu explico.

As versões das músicas aqui interpretadas já tinham recebido versões praticamente irretocáveis anteriormente, por diversos artistas de peso como Andrea Bocceli, Pavarotti (esse de peso mesmo!), Frank Sinatra, entre outros, e tentar reiventá-las é uma tarefa árdua e perigosa, mas louvável ao mesmo tempo, pela coragem de quem se propõe a fazê-lo.

Os tenores não decepcionam, mandam realmente bem. LaBrie dá conta do recado, mas, dá umas deslizadinhas aqui e acolá. Temos que dar um desconto, ele está pisando em um terreno desconhecido.

À serguir, um breve comentário sobre algumas músicas:

Nessun dorma é um clássico e foi imortalizada por Luciano Pavarotti. Aqui ganhou uma versão rock meia boca, devidamente destruída pela banda, e por LaBrie, que começa bem mas dá sua escorregada clássica no final. A versão do Manowar é bem superior.

My Way é um clássico do repertório de Frank Sinatra, e aqui ganhou uma versão Dream Theater, interpretada por LaBrie. Ficou boa, mas prefiro a versão do Sex Pistols, apesar de menor em qualidade, é muito maior em personalidade.

Singing in the Rain era o tema de Fred Astaire no clássico homônimo de Hollywood. Aqui, foi devidamente destruída, como essa banda é sem noção!

Memories, do musical Cats, fica muito boa na voz de LaBrie, mas a banda f... tudo quando resolve quebrar demais o andamento. Holy shit!!! Quem contratou esses caras?

La Donna e Mobile ganhou uma versão thrash (OMG!) e...ficou literalmente um lixo!

O Sole Mio ganhou versão prog metal. Ficou interessante, mas fica a sensação de um corre pra lá e outro corre pra cá, ehehehehe. Um verdadeiro caos.

Dein Is Mein Ganzes Herz é desconhecida pra mim, mas, apesar disso, achei que foi a primeira vez no álbum que a banda e a orquestra se entenderam com os cantores. Muito boa!

Em Funiculi Funicula voltam a acertar a mão! A música naturalmente pede um andamento metal! Boa!

Brazil é outra que detona! Pena que só dura um minuto e pouco...

Enfim, vale a pena o download para os fãs de LaBrie e para os de mente aberta, bem aberta, quase um traumatismo craniano.

Download por minha conta e risco (estou avisando hein...)


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Black Sabbath - Forbidden (1995)


Execrado pela maioria como um dos piores discos que o Black Sabbath já gravou, Forbidden, último disco de estúdio gravado pela banda, apresenta uma boa qualidade, e foi muito injustiçado, inclusive por mim.


Comprei o disco assim que ele saiu, em 1995, empolgado pelo petardo Cross Purposes, lançado no ano anterior. Pois bem, assim que cheguei em casa com o cd nas mãos (sim, eu sou da época em que se compravam cds...), coloquei-o pra rodar, bastante ansioso e com grandes expectativas.


Foi pior que um balde de água fria. Achei tudo muito ruim, e com exceção das semi-açúcaradas Can't Get Close Enough e I Won't Cry For You , nada me agradou pra valer. Tentei ouvir o cd algumas vezes depois, afinal de contas, quando a gente compra um cd, a gente se esforça pra gostar, mas, foi em vão.


Hoje, quase quinze anos depois (meu Deus!), coloquei o cd pra rolar enquanto dirigia. Nada como uma década e meia para aprimorar o faro metálico, achei o cd bem constante e com músicas no mínimo interessantes. É verdade que nenhuma consegue empolgar, e fica uma sensação de sobras de estúdio do Cross Purposes.


Apesar disso, considero válido o download para aqueles que não completaram sua coleção sabbathiana, e também para aqueles que curtem o trabalho dos integrantes da banda, naquela ocasião formada por ninguém menos que Cozy Powell (R.I.P.), Neil Murray e Tony Martin, além, é claro, da figura mais misteriosa do mundo do rock, o tecladista Geoff Nichols (será que ele existe mesmo? em qual banda ele tocou além do Sabbath?).


Um outro fator que torna Forbidden um disco necessário à sua coleção é que foi o último registro (até agora) de um long play da banda no estúdio. Depois dele, Sir. Iommi envolveu-se com os Retornos das duas formações mais fuderosas da banda, a original com Ozzy e a posterior, com R. J. Dio, essa bem recentemente.


É isso galera, bom 2009 com muito rock and roll na orelha!