quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dotô Jeka - Tia Marieta (1996)


Vez ou outra vasculho minha coleção em busca de algo esquecido, e nesta última incursão, redescobri um cd muito bacana (cd é uma tecnologia do século passado, lembra?). Imaginem uma mistura de guitarras pesadas com acordeon, viola, letras engraçadas de duplo sentido e sotaque caipira. Pois é o que encontramos nesse Tia Marieta, de uma banda do interior de São Paulo, chamada Dotô Jeka.

O disco é bem produzido, bem tocado e todas as músicas são interessantes, mas o destaque absoluto é para a versão rock and roll de Romaria, clássico de Renato Teixeira. Com essa música, a banda chegou até a fazer alguns programas de televisão na época do lançamento desse disco, mas, nunca mais ouvi falar dos caras.

Como dizem os camaradas lá do ziuna (esse post tem tudo a ver com vocês!), purveita aí!!!

Download!

sábado, 25 de abril de 2009

Supersonic Brew - Innocent Mind (2004)


ESTE É UM POST MUITO ESPECIAL PRA MIM, E GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM OS AMIGOS FREQUENTADORES DO 7TH SON. ESPERO QUE GOSTEM!

Comecei a me interessar mais seriamente por música no século passado, quando cursava o 2º grau. Comecei com um violão azul (minha nossa...) e logo apareceram os colegas interessados em montar uma banda. Como já havia um guitarrista e um baterista, pra não ficar de fora, troquei meu Expert da Gradiente por um baixo Giannini e um cubo da Meteoro (boas épocas aquelas!) e aceitei o emprego de baixista.

Durante quase oito anos toquei baixo em algumas bandas, fazendo alguns shows em bairros nobres da Grande Vitória como Santa Mônica, Porto de Santana, Alvorada, Ilha dos Aires, etc. Em 1998 estava sem banda e decidi tocar guitarra. Comprei uma Jackson, uma pedaleira ME-8 da Boss e um amplificador pequeno da Marshall e comecei a estudar por conta própria, tirando músicas de ouvido. Esse transe mental durou até 2006, quando tive a oportunidade de voltar a tocar baixo em uma banda. Reconheci que nunca seria um Steve Vai, então, se não é pra ser o melhor, eu não quero mais.

Porém, antes de aposentar a guita, registrei essa fase da minha meteórica carreira artística em 2004. Na verdade, essa história começou em 2002, quando iniciei um lento e doloroso processo de composição de temas instrumentais, já que vocalista é uma peça rara de se encontrar (bons vocalistas, é claro).

Com as músicas compostas, fui para um estúdio juntamente com o amigo Darlon Vaccari, que gravou as partes de bateria. Levei as trilhas de bateria para casa e comecei a gravar a guitarra e o baixo, utilizando um programa semi-profissional chamado Cakewalk. Depois de 3 meses, estaria nascendo o álbum Innocent Minds, de um projeto que foi batizado de Supersonic Brew.

Vocês podem estar curiosos para ouvir e com vontade de fazer uma pergunta: por que só divulgar esse trabalho tanto tempo depois? Bem, quando a gente grava algo de forma solitária, fica uma certa dúvida sobre a qualidade do trabalho. Um bela estratégia é guardar na gaveta e ouvir algum tempo depois, e foi isso que fiz.

É claro que não se trata de um trabalho profissional, por vários motivos. O principal deles é que sou músico amador, tendo aprendido tudo sozinho. Outro motivo é que não sou produtor musical, e a qualidade da gravação também não é tão boa. Apesar disso, a garra e a vontade de fazer um lance legal sobressai, e acho que os amigos frequentadores vão se divertir ouvindo, pois foi essa a intenção que tive ao gravar: me divertir muito!

Download!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Visions of Atlantis - Trinity (2007)


Confesso que quando ouvi o primeiro trabalho dos austríacos do Visions of Atlantis, lançado em 2002, tive vontade de rir. As músicas eram bem ingênuas, e com todos os clichês possíveis e impossíveis do já mal falado metal sinfônico com vocal operístico feminino.

Cinco anos depois lançaram Trinity, seu terceiro trabalho, apresentando a nova vocalista Melissa Ferlaak, e a evolução é gritante. As músicas estão mais densas, carregadas de emoção como o estilo sugere, e o vocal da estreante é muito, muito parecido mesmo com o de Tarja Turunen, ex-Nightwish.

Com uma bela capa, bom trabalho de guitarra, vocais masculinos e todos os elementos típicos do estilo, Trinity tem tudo para agradar os fãs que ficaram órfãos da matriz finlandesa acima citada.

Bang your head! Desça aqui!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Dynahead - Antigen (2008)


Continuando na esteira das dicas nacionais, hoje venho com um verdadeiro petardo sonoro! Uma pancada certeira dos brasilienses do Dynahead. O som mistura basicamente thrash a vários estilos modernos como progressive metal, pitadas de nu-metal (só pitadas, graças a Deus!) e math metal (isso mesmo, por mais louco que isso possa parecer).

Muitísssimo bem produzido, bem tocado (o math talvez se refira a isso) , bem cantado e bastante pesado. Paixão à primeira ouvida!

Baixe!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Gloria - Gloria (2009)


Imaginem a junção do In Flames com o NxZero. Pronto? Ehehehe, realmente é uma junção insólita, mas acreditem, essa é a impressão que tive ao ouvir o som dos paulistanos do Gloria. Os caras começaram em 2002 e este é o seu segundo disco.

A mistura é feita assim: a levada é um hardcore mais puxado pro nu-metal, com vocais ora limpos (daí lembra o NxZero) ora sujos (daí lembra o In Flames). As letras são em português, e alguns palavrões são incluídos aqui e ali, interessante.

Nada que vá mudar o mundo, mas, dentro desse estilo emo-core tão massificado pela mídia, o Glória é bastante "ouvível" e é sem dúvida, a mais pesada entre as similares do gênero e com os melhores vocais, ao contrário dos caras do NxZero e do Cpm 22, que são extremamente desafinados.

Ouça mas tome cuidado, você pode sentir vontade de deixar uma franja do seu cabelo crescer e cobrir apenas um olho.

Down!

(link do Musicsharing4all - passwords: 4shared: www.musicsharing4all.blogspot.com e .rar file: musicsharing4all)

Revelações!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Green Day - Insomniac (1995)


Em 1994 eu estava me despedindo da fase teen, e como todo adolescente daquela época, fiquei doido com um disco chamado Dookie, de uma banda norte-americana chamada Green Day. O estrondoso sucesso se devia em grande parte às faixas arrasa-quarteirão Basket Case, She, When I Come Around e Welcome do Paradise. Resultado: Dookie atingiu o segundo lugar na Billboard e vendeu 25 milhões de cópias, sendo 10 milhões nos EUA e 15 milhões ao redor do mundo.

Ouvindo hoje aquele som, exatos 15 anos depois proporcionam isenção na análise da música praticada pelo trio estadunidense, e posso garantir que apesar do grande apelo comercial, Dookie é um grande disco, muito bem tocado e muito bem produzido. A banda praticava um som com fortes influências punk, porém com bastante açúcar na composição, o que deu origem a classificações como poppy-punk, termo que acho bastante apropriado.

Pois bem, no ano seguinte, o Green Day lançou seu quarto álbum de estúdio, intitulado Imsomniac, que não alcançou o mesmo sucesso de vendas que o seu antecessor, em grande parte por ser mais pesado e menos apelativo comercialmente falando. Ora, eu disse mais pesado? Sim, e justamente por isso, considero esse o melhor trabalho já lançado pela banda.

Os rapazes estavam especialmente inspirados e nervosos nesse Imsomniac. Billie Joe Armstrong canta muito bem, mas como guitarrista é um excelente vocalista (4 cordas seriam mais do que suficiente para ele). Em compensação, o baixista Mike Dirnt toca pelos dois juntos. Exímio músico para o estilo punk (no qual não é muito comum encontrar exímios músicos), e com certeza, o melhor baixista do gênero, criando linhas de baixo tão seguras e harmoniosas que você nem vai sentir muita falta da guitarra. O batera Tré Cool é muito bom também, formando uma cozinha matadora juntamente com Mike.

Imsomniac foi platina dupla nos EUA, mas não igualou o sucesso de Dookie. Apesar disso, se tivesse que recomendar um único álbum do Green Day para os ilustres frequentadores desse humilde blog, recomendaria exatamente esse! Não destaco nenhuma faixa, pois costumo ouvi-lo por inteiro, do começo ao fim, sem parar de balançar a cabeça!

Baixe, confira e comente!

Obs.: Cinco anos após o lançamento do álbum American Idiot, a banda lançará seu mais novo trabalho em 15 de maio próximo. Estamos esperando ansiosamente!

sábado, 11 de abril de 2009

Heaven and Hell - The Devil You Know (2009)

Não sei se foi proposital, mas, o fato é que ontem, na sexta-feira santa, vazou o novo do Heaven and Hell. Eu ouvi ele todo apenas uma vez, e a impressão que ficou vou descrever abaixo.

A parede sonora chamada guitarra de Tony Iommi está pesadíssima, não que já não fosse, pelo seu próprio estilo de tocar, mas tecnicamente falando, foi usado muito peso na gravação. Os solos do cara são um destaque à parte, pois estão inspirados outra vez! A voz de Ronnie James Dio é como vinho de guarda, fica melhor e mais saborosa com o passar do tempo, e foram usadas várias camadas de vozes na maioria das músicas, multiplicando a sensação de envolvimento. O baixo de Geezer Butler não mudou nada, ou seja, continua martelando na cabeça de nós, pobres mortais. A bateria de Vinny Appice está avassaladora como sempre.

O clima sombrio vai da primeira até a última faixa, e 8 das 10 músicas tem um andamento arrastado, quase doom, e a única pausa no clima tétrico do play se dá na faixa Rock and Roll Angel.

Eu fiquei imaginando uma coisa agora...O que fazem a maioria dos respeitáveis senhores de 50 ou de 60 anos? Reclamam da vida o dia todo, reclamam de dores as mais variadas o dia todo, passeiam com seu cachorrinho, regam as plantinhas, dormem e roncam quase o dia todo.

Bem, tecnicamente falando, Iommi, Dio, Butler e o caçula Appice são respeitáveis senhores, mas ao invés de reclamarem da vida o dia todo, sabe o que eles fazem? CHUTAM O SEU TRASEIRO!!!

Long, long live rock and rooooooooooooooooooooooooolllllllllll!!!!


Down! (link da Combe do Iommi)



terça-feira, 7 de abril de 2009

Crescem as expectativas...

Pois é galera, quando digo que todo roqueiro sofre da síndrome de Peter Pan, não estou exagerando, vejam só essa: 17 anos depois de gravarem o poderoso álbum Dehumanizer, Tony Iommi, Ronnie James Dio, Geezer Butler e Vinny Appice retornam ao Rockfield Studios no País de Gales para gravar seu mais novo álbum (agora utilizando o nome Heaven and Hell), The Devil You Know.

Alguns integrantes já estão na casa dos 60, outros estão próximos, mas, o fato é que os caras demonstram grande disposição, nenhum pouco de cansaço e uma crescente paixão pelo que fazem. Desembarcam no Brasil em maio, já trazendo o novo disco na bagagem, que será lançado nos Estados Unidos em 28 de abril.

Acho que não é segredo pra ninguém que Dio é meu vocalista predileto, Iommi é o Riffmaker Mor e Geezer, bem, acho que é óbvio e não precisa dizer nada. Além disso, a capa é um atrativo à parte, e já foi censurada em alguns países. Precisa dizer que estou louco para ouvir isso?


Aqui o link para o primeiro single, Bible Black. Perturbador...

4shared password: www.musicsharing4all.blogspot.com
.rar passwod : musicsharing4all

Link do blog musicsharing4all.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (2007)




Hoje venho vos falar de um livro. Isso mesmo, headbanger também lê, principalmente quando o assunto do livro é MÚSICA!

Parto do seguinte princípio: quem ouve rock/heavy e congêneres, ao contrário do que se imagina, é mais tolerante do que quem só ouve samba, bossa nova, axé, sertanejo, etc. Explico.


Coloque um disco do Pantera para rolar numa festa. Quem é fanático por axé vai dizer em menos de 30 segundos "Tira isso ae pô!"

Agora, coloque qualquer disco de axé em uma festa. O headbanger vai ficar na dele, suportará numa boa (apesar de beber muito mais pra ver se fica logo em coma pra não ter que ouvir mais uma aula de alfabetização baiana "lê lê lê aiá aiá").


Portanto, quem ouve rock consegue suportar outros estilos. Já quem ouve outros estilos tem a tendência de ser mais intolerante musicalmente. Claro que isso não é uma regra, mas funciona na maioria dos casos.


Pois bem, partindo deste princípio, o livro 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer será um deleite para os fãs do rock, ou da boa música de forma geral. O trabalho de editoração é muito bem feito, com a capa dos discos, fotos dos artistas, comentários e curiosidades sobre as bandas, dispostos em ordem cronológica de 1955 até 2007. São 960 páginas coloridas, uma verdadeira bíblia musical!

O livro privilegia o pop rock, mas tem praticamente de tudo: Frank Sinatra, Madonna, Michael Jackson, Britney Spears, Beatles, Metallica, Pantera, Ac/Dc, etc,etc. Ele foi organizado por dRobert Dimery, mas participaram dele 90 críticos especializados em música. Como a maioria é americana, pode-se considerar que o livro é um belo tratado sobre o que de melhor já foi feito nas terras do tio Sam até hoje. São raríssimas as citações a artistas estrangeiros, e isso é uma crítica que pode ser feita ao trabalho.

Mas, imaginem só quantas páginas deveria ter um livro para abranger toda a boa música feita ao redor do mundo todo em mais de cinquenta anos?
Bora ler cambada!