Quando Ronnie James Dio deixou o Black Sabbath em 1982, já estava divulgando seu primeiro trabalho como artista solo, que foi lançado em 1983. Para essa nova empreitada, arrastou Vinnie Appice (que estava no Sabbath), Jimmy Bain (companheiro da época do Rainbow), Claude Schnell (teclados) e um moleque até então desconhecido chamado Vivian Campbell (guitarras). A escolha não poderia ter sido melhor, e essa formação gravaria os dois melhores trabalhos de Dio, os irretocáveis Holy Diver e Last in Line.
Por onde passou, Ronnie James Dio não apenas cantava, mas escrevia a maioria das letras e criava todas as melodias vocais. Na década de 70, quando estava no Rainbow, as letras falavam sobre misticismo, magia ou simplesmente exaltavam o seu amor pelo rock and roll. No início da década de 80, quando estava no Black Sabbath, além desses temas, passou também a falar sobre cavaleiros, dragões, reis e rainhas, mas, sempre sobre a supervisão de grandes figuras como Blackmore e Iomi. Mas, cantar e escrever as letras não era o suficiente, e uma carreira solo seria inevitável, assim como a produção de seus próprios discos. Livre de interferências externas, ele optou por um rock mais pesado e mais rápido e foi ainda mais fundo nos temas mísiticos, mas nunca esquecendo o rock and roll e o caçula da família, o heavy metal. Os anos 80 seriam o auge de sua carreira.
A década de 90, ao contrário, acabou se revelando a idade das trevas da carreira solo de Ronnie James Dio. Coincidentemente ou não, o diabão não apareceu na capa de nenhum disco dessa época e os mesmos ficaram bem espaçados, com intervalos de até quatro anos. O único disco que realmente vale a pena ser ouvido desta época ele gravou com o Black Sabbath em 1992, o inoxidável Dehumanizer, uma porrada sonora na orelha! Mas, como este post trata da carreira solo do cara, vamos continuar seguindo este propósito.
No século XXI, para alegria dos antigos fãs, a inspiração parece ter retornado e discos muito bons foram lançados, uma espécie de revival dos gloriosos anos 80. Vamos à discografia!
Holy Diver (1983)

The Last in Line (1984)

É impossível não ouvir este disco do começo ao fim, pois todas as faixas são verdadeiros clássicos metálicos: o hino We Rock, a grandiosa The Last in Line, a animada Breathless, a eletrizante Speed at Night , a empolgante One Night in the City, a contagiante Evil Eyes, a comercial Mystery, a forte Eat Your Heart Out e a épica Egypt (The Chains Are On) .
O line-up está ainda mais entrosado e Vivian está ainda mais destruidor! Clássico para a eternidade! Nota: 10,0.
O line-up está ainda mais entrosado e Vivian está ainda mais destruidor! Clássico para a eternidade! Nota: 10,0.
Sacred Heart (1985)

Intermission (1986)

Dream Evil (1987)

Craig Goldie faz sua estréia em estúdio e se sai muito bem na difícil tarefa de substituir Vivian Campbell. Dio não deixa a bola cair, compondo mais músicas de qualidade, como a faixa título, Night People, Overlove, Naked in the Rain e a belíssima semi-balada All the Fools Sailed Away. Os temas épicos de dragões-magos-espadas-e-rosas agora dividem espaço com assuntos mais pé-no-chão, como o relacionamento entre duas pessoas. A música continua muito boa, pesada quando deve ser pesada, e emotiva quando deve ser emotiva, como em I Could Have Been a Dreamer, que tem um forte apelo comercial, afinal de contas, o cara precisava pagar as contas né? Nota: 9,0.
Lock Up the Wolves (1990)
Depois de gloriosos dias com o Rainbow e Black Sabbath, somados a oito anos de carreira solo, Dio acumulou um currículo invejável: 15 anos de sucesso e 12 discos lançados, sendo que alguns fazem parte de qualquer lista dos 100 melhores de todos os tempos. Pode-se dizer até que todos esses discos são, no mínimo, muito bons.
O primeiro passo ladeira abaixo da carreira foi este Lock Up the Wolves. Depois de uma debandada geral da sua banda, Dio precisou se reiventar, e para isso, chamou Rowan Robertson (guitarra), Teddy Cook (baixo), Jens Johansson (teclados) e Simon Wright (bateria).
Tudo mudou. A indumentária, que deixou o couro de lado e colocou o jeans rasgado no lugar, as letras, um tanto superficiais, e, principalmente, a música, um hard rock meio forçado, pois essa definitivamente não é a praia de Ronnie James Dio. Um disco fraco. Nota: 6,0.

O primeiro passo ladeira abaixo da carreira foi este Lock Up the Wolves. Depois de uma debandada geral da sua banda, Dio precisou se reiventar, e para isso, chamou Rowan Robertson (guitarra), Teddy Cook (baixo), Jens Johansson (teclados) e Simon Wright (bateria).
Tudo mudou. A indumentária, que deixou o couro de lado e colocou o jeans rasgado no lugar, as letras, um tanto superficiais, e, principalmente, a música, um hard rock meio forçado, pois essa definitivamente não é a praia de Ronnie James Dio. Um disco fraco. Nota: 6,0.
Strange Highways (1993)

Angry Machines (1996)

Inferno: Last in Live (1998)

Magica (2000)

Apesar de apresentarem refrão, as músicas ainda estão meio arrastadas, mas desta vez, Ronnie soube adequar as melodias vocais à sua nova condição vocal, afinal meu amigo, àquela época, o cara já estava com 58 anos! Nota: 7,5.
Killing the Dragon (2002)

Evil or Divine (2003)

Com apenas duas músicas do álbum mais recente, as eletrizantes Killing the Dragon e Push, Dio presenteia os fãs com uma verdadeira seleção best of de sua carreira, desde a inoxidável Stand Up and Shout (do Holy Diver), passando pelas clássicas We Rock (do Last in Line) , incluindo ainda coisas mais recentes como Fever Dreams e Lord of the Last Day (do Magica) e até mesmo Man on The Silver Mountain e Long Live Rock and Roll, do Rainbow e Heaven and Hell, do Black Sabbath. E a performance do cara aos 61 anos? Como o próprio Iomi comentou recentemente: ele sobe no palco e detona toda noite! Um álbum revigorante! Nota: 9,0.
Master of the Moon (2004)

Holy Diver Live (2006)

3 comentários:
Através do convite do Ulires do ZiunaNet vim conhecer seu Blog!!!
Gostei muito!!! Super legal!!!
Vou indicar para o pessoal da Rádio em que trabalho!!!
Abraços :)
cara mto bom esse seu post
parabens
eu vou postar alguns álbuns do Dio no meu blog, queria saber se posso usar alguns de seus comentários sobre os álbuns lá [claro que vou dizer a fonte dos comentários nas postagens]
http://rockandrolldownload.blogspot.com/
Pode usar sim AZ de Espadas...eu cobro só 50 dólares por citação, rsrsrs. Brincadeira, obrigado por visitar o blog.
Postar um comentário