domingo, 4 de novembro de 2007

Wizards - Beyond the Sight (1998)

Antes de escrever alguma coisa sobre uma banda ou sobre um disco, costumo dar uma olhada no que já foi escrito à respeito. Entre as várias resenhas que pesquisei, quase todas afirmavam a mesma coisa: a banda paulistana Wizards é a mais injustiçada do metal nacional.

A injustiça a qual todos se referem se deve ao fato de que sobra talento para Christian Passos (voz) e Kadu Averbach (guitarra), principais integrantes da banda, que iniciou suas atividades em 1992, embora eles nunca tenham obtido o merecido reconhecimento. Christian é dono de uma voz bastante versátil, que passeia de médios rasgados até agudos andrematianos, enquanto Kadu é um guitarrista diferenciado, pois alia técnica a melodia em um estilo próprio, inconfundível.

O primeiro álbum, Wizards, veio em 1995, e alcançou grande sucesso no Japão. O segundo, Sound of Life, saiu em 1996 e estourou a banda no mercado nacional, devido à balada Promise of Love, muito executada nas rádios e até em programas de televisão. À essa altura, eram mega-stars no Japão. Em 1998, lançaram o fenomenal, estupendo, vigoroso, Beyond the Sight, e, mais uma vez, ironicamente, o melhor trabalho não obteve o resultado esperado, principalmente devido a péssima divulgação feita pela gravadora.

Dessa forma, passaram despercebidas do público em geral, e mesmo do público roqueiro, jóias como Thunderbolt, Shine (um tributo mais do que justo a sua principal influência, o Helloween), I don´t Give a Damn, The Play e Shadows and Light. O estilo ainda é o mesmo, metal melódico com fortes influências hard, mas o Wizards nunca lança um disco igual ao outro, sempre adicionando novos elementos, com destaque absoluto para as melodias vocais, muito bem construídas e perfeitamente executadas por Christian. Nesse álbum os teclados estão bastante presentes, crédito para Charles Dalla, figura muito conhecida no cenário nacional.

Ouça e tire suas próprias conclusões... sem querer interferir e já interferindo, quem me conhece sabe o que eu penso: o Brasil produz a música mais original e criativa do mundo, em todos os estilos, inclusive neste que ele não criou, o tal de rock and roll.

See ya!


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