sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Quiet Riot - Condition Critical (1984)

O primeiro álbum do Quiet Riot, de 1978, revelou para o mundo o enorme talento de um moleque franzino chamado Randy Rhoads. A passagem de Rhoads pelo Quiet Riot foi muito breve e já em 1980, integrava a banda da empreitada solo de Ozzy Osbourne. Na verdade, a passagem do guitarrista pela Terra foi, infelizmente, muito curta. Ele faleceu em um acidente aéreo em 1982.

Mas, como Randy Rhoads merece um post à parte, concentremo-nos no Quiet Riot. Pois então, após sua saída em 1979, a banda se desestabilizou completamente e se desfez. Eis que em 1983, o vocalista Kevin Dubrow e o baixista Chuck Wright, únicos remanescentes da formação original, reiventaram a banda, e o fizeram com maestria, alcançando inclusive, enorme sucesso comercial com o álbum Metal Health. No posto mais ingrato de todos, o de substituto de Rhoads, entrou o competente Carlos Cavazo, e Frankie Banali na bateria.

Em 1984 é lançado o estupendo Condition Critical, após a substituição de Chuck Wright por nada menos que Rudy Sarzo (já tocou com Ozzy, Dio, etc, etc). Neste álbum estão canções memoráveis como Mama Weer All Crazee Now, Party All Night e a sensacional balada Winners Take All. Hard rock classudo, com guitarras trabalhadas e refrões melódicos, mas um pouco distante da linha poser, onde é de costume dar muito destaque para as plumas e paetês. Imperdível, imprescindível, irretocável!


Post em homenagem a Kevin DuBrow, falecido esta semana. Rest in Peace.



segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Confirmada morte de Kevin DuBrow

Li uma notícia agora no Whiplash que me deixou triste, o falecimento de Kevin DuBrow, vocalista do Quiet Riot. Ainda não foram divulgados detalhes sobre o acontecimento. Ele tinha 52 anos.

Def Leppard - Hysteria (1986)

Muitos roqueiros têm urticárias por todo corpo só de ouvir falar em Def Leppard. Este pré-conceito não se justifica, por que a maioria só conhece o que toca nas rádios, e por que o Def é uma senhora banda (senhora foi um adjetivo especialmente escolhido para as "moçoilas", ehehehehe).

Tá certo que os caras foram ao fundo do poço do glam-farouf com a faixa Pour Some Sugar On Me (algo como Polvilhe Açúcar em Mim), mas isso não tira o mérito deste petardo chamado Hysteria, inclusive a faixa citada é muito boa. Outras que se tornaram obrigatórias em todos os shows da banda foram Women, Rocket e Armaggedon It, além da mega-balada-mela-cueca Love Bites.

Sobre esta faixa, existe uma curiosidade. No final dos 80 início dos 90, surgiu no Brasil uma competente banda de pop rock chamada Yahoo, que contava inclusive com Robertinho do Recife na guitarra, ou seja, coisa boa. Pois é, eles regravaram Love Bites com o título Mordida de Amor, uma tradução infeliz, pois se você reparar no início da música, existe um som de máquina (ou robô, sei lá), uma clara alusão a Bytes, que tem a mesma pronúncia de Bites, ou seja, foi feito um trocadilho que o Yahoo tratou de destruir.

Curiosidades à parte, o disco é muito bom, com uma produção magnífica (ouça os backing vocals!!!), composições no melhor estilo party rock, e execução primorosa. Vale muito a pena!!! Tremendo disco!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Dokken - Beast From the East (1988)

Um belo exemplo de uma banda de hard rock no auge da sua carreira. O Dokken é um dos maiores expoentes do estilo poser da década de 80, onde todos os elementos estão presentes: purpurina, panos esvoaçantes, maquiagem carregada e cabelos, muitos cabelos. Mas, não se prenda apenas ao visual dos caras, pois Don Dokken (vocal), George Lynch (guitarra), Jeff Pilson (baixo) e Mick Brown (bateria) sabiam muito bem o que estavam fazendo neste Beast From the East, e detonaram clássicos absolutos como Tooth and Nail, Dream Warriors, Unchain the Night, Into the Fire.

O clima é totalmente festeiro, com refrões grudentos, melodias fáceis de cantar, e muita, muita guitarra, com solos alucinantes e alucinados do mestre das guitarras Lynch. Extremamente indicado para fãs do estilo e indicado para fãs de rock em geral. É impossível ficar indiferente à música do Dokken!

Come on! Never Unchain the Night!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Viper - discografia comentada

Uma banda que merece todo respeito no cenário metálico nacional é o Viper, pelo seu pioneirismo, pela qualidade da sua música e principalmente pela sua garra, afinal de contas, sair do Brasil e ganhar o mundo no final da década de 80 fazendo música pesada não era nada fácil. Reza a lenda que os irmãos Pit e Yves Passarel tinham uma banda e estavam à procura de um vocalista, quando um moleque chamado André Matos, que morava no prédio ao lado, subiu no muro e pediu para pegar a bola que havia caído na quadra do prédio deles. Bendito chute!

Nascia então o Viper. Em 1985 gravaram sua primeira demo, e depois de muitos ensaios e pequenos shows, lançaram seu primeiro long play em 1987, recebendo excelentes críticas da mídia especializada. Com o segundo disco, de 1989, alcançaram reconhecimento mundial, principalmente no Japão, onde conquistaram uma verdadeira legião de fãs. Em 1996, após problemas com gravadoras e já sofrendo um desgaste natural, a banda fica impedida de lançar um novo trabalho por problemas judiciais e se separa definitivamente em 1999, após a perda de Yves Passarel, que decidiu tocar no Capital Inicial. Mas, eis que onze anos depois, para nossa surpresa e alegria também, surgem com uma nova formação e um novo trabalho, intitulado All My Life. Vamos à discografia dos caras.


Soldiers of Sunrise (1987)

Fortemente influenciado por Iron Maiden, esse disco mostra uma banda imatura (André Matos tinha 16 anos na época) na mesma proporção da sua empolgação. As letras falam de guerreiros, dragões e espadas, o andamento é característico do que se convencionou chamar de heavy metal tradicional, com direito a duetos de guitarra, falsetes e baixo pulsante. Gravado e mixado no Brasil, a qualidade da gravação deixa a desejar, mas ainda assim, a sonoridade da banda agradou a mídia especializada, com verdadeiros hinos como The Whipper, Knights of Destruction e Wings of the Evil. Nota: 9,5.



Theatre of Fate
(1989)

A consagração mundial era só uma questão de tempo após o lançamento de Soldiers on Sunrise. A banda não decepcionou e evoluiu bastante, amadurecendo as composições, que passaram a contar com outros elementos como piano e orquestra, além de passagens que misturavam música clássica com heavy metal. O talento de André Matos ficou evidente nesse trabalho, onde compôs algumas canções e cantou muito melhor do que no disco anterior. Verdadeiras pérolas estão nesse play, como To Live Again, A Cry From The Edge e Living For the Night. Nota: 10,0.




Evolution (1992)

No auge do sucesso, André Matos surpreende a todos e decide deixar a banda para se dedicar aos estudos da faculdade de música. Pit Passarel assume os vocais e surpreende a todos pela sua garra e vontade de não deixar a peteca cair. Um bom disco, porém, abolutamente diferente do álbum anterior. O direcionamento escolhido foi algo no limiar do punk com o hard core, uma sacada muito bem feita por Pit, afinal, como atingir os agudos de André Matos? Boas músicas sairam daqui, como Coming From the Inside, o hit radiofônico Rebel Maniac ("Everybody, everybody"), Dead Light e The Shelter. Nota: 8,5.



Vipera Sapiens (EP)
(1992)

Um disco de transição, que mostra uma banda perdida em termos musicais após a saída de um dos principais integrantes e com vontade de mostrar logo que pode sobreviver sem ele. É muito difícil encontrar esse disco, composto por sobras de estúdio do Theatre e outras composições mais recentes. Confesso que recorri aos blogs da vida para achá-lo...Indicado só para fãs. Nota: 6,0.







Maniacs in Japan (1993)

Apesar da gravação extremamente tosca, este disco vendeu bastante na época e foi o primeiro disco do Viper que ouvi. Pit canta os sucessos atuais do álbum Evolution e se sai muito bem também cantando clássicos imortalizados na voz de André Matos, como Living For The Night e A Cry From the Edge. As surpresas ficam por conta dos covers Não Quero Dinheiro (Tim Maia), We Will Rock You (Queen) e I Wanna Be Sedated (Ramones). A empolgação da banda fica latente, e supera qualquer problema técnico de gravação, tornando esse álbum um autêntico registro ao vivo da energia do Viper. Nota: 8,5.



Coma Rage (1995)

Continuando na mesma linha punk-hard core do Evolution, Coma Rage foi gravado nos Estados Unidos com produtor gringo e o resultado técnico foi muito bom, porém, Pit Passarel deixou um pouco a desejar nas composições e apesar de duas músicas terem sido bastante executadas, a faixa título e I Fought the Law, inclusive na Mtv, a banda acabou fazendo um disco nem um pouco comercial. A energia do álbum anterior ainda está aqui, mas poucas músicas merecem destaque além das já citadas, apenas Keep the Words, que já vale o disco. Nota: 6,5.






Tem Pra Todo Mundo (1996)

Aqui a coisa desandou de vez. Embalados pelo sucesso dos álbuns anteriores, tocando bastante na Mtv e abrindo shows de bandas importantes como o Motorhead, o Viper decidiu conquistar um público maior gravando um disco inteiramente em português, passando bem longe de heavy metal ou hard core ou qualquer coisa pesada. Resultado: não conquistou público nenhum, perdeu uma boa parte dos fãs antigos e ainda por cima, com a falência da gravadora, o disco não chegou em grande parte das lojas do país. Uma verdadeira catástrofe. Uma música foi executada nas rádios, 8 de Abril. Nota: 5,0.




All My Life (2007)

Com a saída de Yves Passarel em 1999, a banda ficou mais ou menos parada, retornando em 2004, fazendo alguns shows com uma nova formação. Depois de onze anos sem gravar um disco, o Viper mostra seu novo vocalista Ricardo Bocci, e seu novo guitarrista Val Santos (ex-roadie da banda, mas que atualmente foi substituído por Marcelo Mello) em um trabalho chamado All My Life. Bem, fica claro logo nos primeiros acordes que a intenção era retornar aos áureos tempos do Soldiers e do Theatre, principalmente pela voz de Bocci, muito parecida com a de André Matos, e pelas guitarras maidenianas. O resultado ficou muito bom, e faixas como a faixa título, Love is All (com participação de André Matos), Violet e Dreamer merecem destaque. Belo retorno, mas O Viper tem capacidade para andar pra frente e fazer coisas mais originais. Nota: 8,0.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Black Sabbath - Cross Purposes (1994)

Falar do Black Sabbath é sempre uma responsabilidade muito grande, afinal de contas, trata-se da banda que influenciou gerações e gerações de bangers. Na verdade, podemos dividir a história do grupo em três partes, mais ou menos coincidentes com as décadas de 70, 80 e 90.

Nos anos 70 temos a formação clássica, Ozzy, Iomi, Butler e Ward. No começo dos anos 80, mais precisamente, 80-82, temos a fase Ronnie James Dio, pra mim a fase áurea da banda. A partir daí, iniciou-se uma fase de perda de direcionamento, com uma infinidade de músicos passando pela banda a cada disco, como Ian Gillan, Glenn Hughes, Cozy Powell, etc, etc. O negócio ficou mais com cara de trabalho solo de Iomi do que com cara de Black Sabbath, inclusive o próprio Iomi revelou que o nome foi mantido por exigência das gravadoras.

Eis que em 1989, a sequência de bons discos do Sabbath, porém sem direcionamento, foi quebrada com um petardo intitulado Headless Cross, trazendo o quase estreante Tony Martin nos vocais. Em 1991, com Cozy Powell comandando as baquetas, vem o competente Tyr e no ano seguinte, Dehumanizer, marcando a ferro e fogo o retorno de Dio, Geezer Butler e Vinnie Appice à banda depois de 10 anos.

Gravar um disco depois desta sequência de discos arrasadora não era uma tarefa fácil. Eis que Tony Martin aceita o desafio de retornar à banda, e juntamente com Geezer Butler e Bob Rondinelli, gravam em 1994 o sensacional Cross Purposes.

A faixa de abertura, a energética I Witness, mostra logo que Iomi e companhia não estão pra brincadeira: a fase Dio deve ser esquecida! Agora é Tony Martin! E não é que o cara detona nesse disco? Sim, você não sentirá saudades de R.J. Dio. Em seguida, a power-balada Cross of Thorns, Virtual Death, Dying For Love, The Hand That Rocks the Cradle, Cardinal Sin e Evil Eye mostram que esse disco não deve nada aos seus antecessores.

Um marco na carreira da banda, um item obrigatório pra quem quer aprender como se faz um som pesado e ao mesmo tempo comercial. Transitar nessa fronteira entre o underground e as Fm´s é algo bem difícil, mas não é impossível, pois Cross Purposes está aí pra provar isso.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Black Majesty - Tomorrowland (2007)

Austrália definitivamente não é o melhor lugar para se encontrar bandas de power metal. Desculpem minha ignorância metálica, mas a única banda desse estilo que conheço daquela ilha é o Pegazus, que por sinal, é muito boa.

Pois é, na esteira desta banda, surge o Black Majesty, e que grata surpresa tive ao ouvir Tomorrowland. O disco começa com a relampejante Forever Damned, um petardo, bateria com bumbos no talo, e o mais interessante, com vocais médios pra graves, sem aqueles gritinhos irritantes muito comuns nesse estilo. Aliás, não é só nessa música, o tal de John Cavaliere mostra que não é preciso ter uma super garganta pra cantar com competência. Nas músicas seguintes, percebemos uma competente banda, nada mais.

Mas, ainda assim, para quem tem um pé nos anos 90 e tem saudades da enxurrada de bandas de power/melodic/speed que proliferaram naquela época, Tomorrowland é uma excelente pedida. Destaque para o cover de Soldier of Fortune do Deep Purple, em uma versão mais pesada, mais power, mas ainda conservando o aspecto de balada.

Bang your head!!!


quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Bruce Dickinson - Tattoed Millionaire (1990)

O baixinho Bruce Dickinson fez seu debut no Iron Maiden no mega-clássico álbum The Number of The Beast (1982), substituindo Paul Di'Anno, tirando a banda de clubs e pubs e levando o heavy metal para estádios e para a grande mídia. O carisma de Bruce, sua performance no palco, e principalmente sua voz de sirene aérea, levaram o grupo liderado por Steve Harris a patamares de super-stars nos álbuns seguintes, Piece of Mind (1983), Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988).

Em outubro de 1990, o Iron Maiden já demonstrava sinais de cansaço e desgaste, e uma amostra disso foi No Prayer for The Dying, álbum bastante regular e bastante abaixo do nível dos anteriormente citados. Não coincidentemente, Bruce lançou o seu primeiro trabalho solo em maio desse mesmo ano, intitulado Tattoed Millionaire. Praticando um rock despretensioso, Bruce se mostrou bom letrista e um versátil vocalista, intencionalmente desvinculando sua imagem do heavy metal, como pode-se ouvir nas faixas Son of a Gun, Born in '58, All The Young Dudes e Gipsy Road.

Acompanhado de uma boa banda, que incluía o guitarrista Janick Gers, que acabou substituindo Adrian Smith no Iron (veja como o baixinho mandava na banda a esta altura), Bruce demonstrava que poderia sobreviver sozinho, e que o Iron precisava mais dele do que o contrário. Uma prova disso é que algumas músicas de No Prayer como Holy Smoke e Bring Your Daughter se encaixam mais no estilo da carreira solo recém-iniciada do que no desgastado estilo da donzela de ferro.

O que está esperando? Procure no google e vá ouvir!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Marty Friedman - Loudspeaker (2006)

Confesso que sempre achei Marty Friedman um pouco deslocado no Megadeth, principalmente após conhecer o seu trabalho solo, que passa beeeeeem longe do thrash metal praticado por essa banda americana. Provavelmente era por causa da grana, mas não devemos condená-lo, afinal, as contas não páram de chegar, não é mesmo? E o leitinho das crianças, como fica?

Bem, o assunto aqui é a carreira solo do camarada, e o disco em questão é Loudspeaker, lançado no ano passado. O play é bem variado, apresentando momentos mais pesados, como Elixer e Paradise Express, momentos mais animados como Street Demons, Black Orchid e a empolgante Sekai ni Hitotsu, momentos inspirados como Coloreas Mi Vida e a belíssima balada Devil Take Tomorrow (o cara é o mestre das baladas, pode acreditar), até momentos que beiram o pop, como Glycerine Flesh.

Loudspeaker é um disco repleto de guitarras, porém, não é chato de se ouvir, ou, como grande parte dos discos de guitarristas, não é voltado apenas para músicos ou profissionais da música. É um disco para ser apreciado pelas belas melodias que contém, pois mesmo nas faixas mais pesadas, Friedman sempre explora a melodia de uma forma primorosa. Essa é a sua praia.

Destaque para Noizu no Ame, a última faixa e a única cantada do disco, detalhe, em japonês por uma tal de Kirito (ela é uma mega-star no Japão). Marty Friedman nunca escondeu seu interesse pela cultura oriental, e até lançou um disco, Scenes (1992), onde explora a música oriental. Belo disco, mas isso é assunto para outro post...

Divirtam-se!!!

domingo, 4 de novembro de 2007

Wizards - Beyond the Sight (1998)

Antes de escrever alguma coisa sobre uma banda ou sobre um disco, costumo dar uma olhada no que já foi escrito à respeito. Entre as várias resenhas que pesquisei, quase todas afirmavam a mesma coisa: a banda paulistana Wizards é a mais injustiçada do metal nacional.

A injustiça a qual todos se referem se deve ao fato de que sobra talento para Christian Passos (voz) e Kadu Averbach (guitarra), principais integrantes da banda, que iniciou suas atividades em 1992, embora eles nunca tenham obtido o merecido reconhecimento. Christian é dono de uma voz bastante versátil, que passeia de médios rasgados até agudos andrematianos, enquanto Kadu é um guitarrista diferenciado, pois alia técnica a melodia em um estilo próprio, inconfundível.

O primeiro álbum, Wizards, veio em 1995, e alcançou grande sucesso no Japão. O segundo, Sound of Life, saiu em 1996 e estourou a banda no mercado nacional, devido à balada Promise of Love, muito executada nas rádios e até em programas de televisão. À essa altura, eram mega-stars no Japão. Em 1998, lançaram o fenomenal, estupendo, vigoroso, Beyond the Sight, e, mais uma vez, ironicamente, o melhor trabalho não obteve o resultado esperado, principalmente devido a péssima divulgação feita pela gravadora.

Dessa forma, passaram despercebidas do público em geral, e mesmo do público roqueiro, jóias como Thunderbolt, Shine (um tributo mais do que justo a sua principal influência, o Helloween), I don´t Give a Damn, The Play e Shadows and Light. O estilo ainda é o mesmo, metal melódico com fortes influências hard, mas o Wizards nunca lança um disco igual ao outro, sempre adicionando novos elementos, com destaque absoluto para as melodias vocais, muito bem construídas e perfeitamente executadas por Christian. Nesse álbum os teclados estão bastante presentes, crédito para Charles Dalla, figura muito conhecida no cenário nacional.

Ouça e tire suas próprias conclusões... sem querer interferir e já interferindo, quem me conhece sabe o que eu penso: o Brasil produz a música mais original e criativa do mundo, em todos os estilos, inclusive neste que ele não criou, o tal de rock and roll.

See ya!