segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dica de carnaval - Shadow Gallery


Conheço o Shadow Gallery há bastante tempo, desde a época do Carved in Stone, e me identifiquei com o prog metal praticado pela banda logo de cara. A comparação com o Dream Theater foi inevitável. Instrumental primoroso as duas bandas tem, criatividade em magistrais composições as duas bandas tem, mas, vocal impecável o Dream Theater não tem. É certo que isso já virou lenda, mas as deslizadas de Mr. LaBrie deram uma arranhada na quase impecável imagem da banda.

Interessante é que o som do Shadow Gallery é mais teatral do que o do Dream Theater, e pelo nome, o som desta banda deveria ser assim, ao contrário daquela. É como se estivéssemos dentro de uma peça de teatro, a história vai sendo contada, momentos de pauleira se alternam com momentos inspirados, acústicos, lentos, sempre com muita sensibilidade e acima de tudo honestidade.

Na verdade, o Shadow Gallery não chega a ser tão pesado como o Dream Theater. Estaria no limite do metal com o rock progressivo.

Um dado interessante é que a banda nunca fez um show ao vivo. O motivo declarado é que o som é complexo demais para ser reproduzido ao vivo. Impossível tenho certeza que não é, pois nada pode ser mais complicado de reproduzir no palco do que a música criada por Luca Turilli e seu Rhapsody, e eles o fizeram! A crítica pode ser rebatida com o fato de que muitas coisas estavam pré-gravadas no show dos italianos.

Respeito aos fãs ou medo de fazer uma M... ao vivo? A dúvida permanecerá, pois o vocalista Mike Baker faleceu ano passado vítima de ataque cardíaco. Uma grande pena, uma grande perda. Fica a dica então para um carnaval lírico, complexo e belo (eita!), igualzinho o de Salvador.


Discografia:


Shadow Gallery (1992)
Carved in Stone (1995)
Tyranny (1998)
Legacy (2001)
Room V (2005) pt.1 pt.2

Keep rockin'!!!

Um comentário:

Francis Diego disse...

OLá, suas definições sobre o SG estão muito boas, mas a banda já fez shows sim, eles nunca fizeram turnês, mas nos EUA eles já participaram de festivais e anunciaram que costumam trocar bastante os instrumentos ao vivo por terem músicos multi-instrumentistas e para fazer o som ser mais próximo do que é gravado em estúdio. Eles nunca fizeram turnês por seus membros possuírem projetos paralelos à banda. Um forte abraço à todos.