Confesso que, apesar de ter quase toda a discografia, a banda grega Firewind me despertou a curiosidade só agora, depois que vi no Youtube o guitarrista da banda, Gus G, tocando com o Ozzy no Brasil.
O cara não deixou quase nada desejar em relação ao que o Zakk fazia em termos de solo, e segurou a peteca num dos postos mais observados e cobrados do mundo, o de guitarrista do Ozzy!
Fui então atrás do trabalho mais recente da banda de origem dele, Days of Defiance. Gostei do que ouvi, um power metal melódico muito competente, muito bem cantado por Apollo Papathanasio, com introduções acústicas, boas melodias, ritmos variados, ora no talo, ora cadenciados...enfim, um disco gostoso de ouvir.
Confira a performance de Gus em Bark at the Moon, gravado no Rio de Janeiro. (Incrível, Ozzy ainda canta! e lembra a letra!)
Os japoneses, e os orientais em geral, são muito dedicados. Eles aprenderam a jogar futebol, aprenderam samba e agora aprenderam a tocar metal também. O Liv Moon faz um estilo gótico com vocal feminino, porém cantado em japonês, o que já vale pelo menos o clipe abaixo.
Para quem quiser mais, o novo álbum está no link abaixo.
Faz tempo que o Amorphis acertou a mão e é disco pancada atrás de disco pancada. Ouço esses caras desde o Tales From the Thousand Lakes de 1994, quando praticavam um Death/Doom bem deprê, com muitos pianinhos melancólicos, mas muito bacana, e acompanhei a evolução dos mesmos, principalmente a partir do Tuonela (acho esse álbum sensacional!).
O que eles praticam hoje é bem difícil de classificar, pois tem elementos muito variados. Tem traços do velho death/doom, mas agora também tem vocais limpos, bastante melodia e uma pegada mais balanceada...já viu o vocalista rodando aqueles dreads enormes? Se não viu tem que ver...
Achei esse novo bem melódico, com mais teclados, mas nem por isso menos pesado. Como disse, os caras não perderam a mão ainda. Sonzeira de primeira e garantia de um belo torcicolo.
Apesar de ter acompanhado o nascimento e o declínio de várias bandas importantes, não sou o que se pode chamar de um roqueiro das antigas, pois não tive o prazer de conhecer bandas dos anos 70 como Purple, Sabbath e Led no auge de suas carreiras...eu nasci na metade da década de 70.
Porém, algumas bandas grandes da cena metálica como o Hammerfall eu tive o prazer de acompanhar o nascimento. Lembro-me da primeira vez que ouvi o seu álbum de estréia, Glory to the Brave(1997), e a faixa de abertura, a arrasa-quarteirão The Dragon Lies Bleeding. Os caras estavam trazendo para a década de 90 todas as jaquetas e calças de couro da década anterior, inclusive as tachinhas e o símbolo máximo do metal: os chifrinhos feitos com os dedos (apesar de R.J. Dio nunca os ter abandonado).
Pois bem, já se vão 14 anos, e, 7 álbuns depois, chega ao mercado Infected, a nova aposta dos alemães do Hammerfall. Baixei esse disco empolgado com a promessa de que eles haviam inovado o som. A primeira impressão que tive foi que tiraram um pouco o pé do acelerador e colocaram uma pitada de modernidade (muuuuuuuuito tímida) aqui e ali. De qualquer forma, o punch é ainda muito violento! Ouça as faixas B.Y.H, I Refuse e Dia de Los Muertos (calma ae hispanofóbicos, é só o refrão em espanhol...eu achei uma pena, rs) e seu poderoso refrão, e tente não balançar a cabeça como um louco!
E já que o assunto do momento são os super-grupos, aqui vai mais um: Black Country Communion. Se você achou o Who Cares meio morno (eu achei), o Chickenfoot metido a divertido (o Van Halen ou o RHCP eram muito mais divertidos) e o Symfonia pretensionso (apesar de muito bom, os originais eram melhores), vai se surpreender com esse aqui.
Ficar comentando esses caras é chover no molhado. È um negócio meio óbvio, se é super-grupo é por que só tem estrela. Ok, mas um monte de estrelas juntas às vezes ofuscam sua visão, ou melhor, audição.
Aqui a parada é bem diferente. Glenn Hughes bebeu na fonte da juventude e não envelhece, canta e toca melhor agora do que nos tempos do Deep Purple; Joe Bonamassa é o vigor em pessoa, e um dos melhores guitar-heroes da autalidade, Derek Sherinian está bem discreto aqui (achei bom, ele se acha demais) e Jason Bonhan carrega o DNA do seu velho (não sabe quem é? google tá ae pra isso mesmo...).
As músicas? The Outsider me lembrou muito os tempos áureos do Purple, Save Me tem uma levada zeppeliana, e, ...., precisa de mais? Rock mais puro em sua verdadeira essência! Candidato a lançamento do ano!
Desde a primeira vez que ouvi o Jorn achei o cara chato. O vocal dele é tão perfeito que não parece humano (será que não é mesmo?). Qualquer pessoa semitona pelo menos uma vez na vida! O cara é realmente uma máquina de cantar, mas o fato é que toda essa perfeição nunca me chamou a atenção. Como diz o meu amigo Rodrigo, pra tocar rock tem que se lambuzar! E além do mais, ele é mais parecido com o David Coverdale cantando do que o próprio Coverdale, como isso é possível? (Lá vai mais uma do Rodrigo: é o Cover-Dele! rsrs)
Pois bem, esse novo trabalho, chamado de MKIII vale a pena ser ouvido, mesmo para aqueles chatos de plantão como eu. Primeiro que existem momentos de serenidade, tranquilos, em que podemos apreciar um lado mais intimista do Jorn...pena que em poucos segundos o caos se instala novamente, rs, e segundo, quando vem a quebradeira, os caras mostram que realmente tem as manhas. Destaques para Through Thiek and Thin, Treasure World e para o cover metálico de Black Dog, do Led Zeppelin, que como sempre, ficou melhor do que o original (e que voem as cadeiras! rsrsrs).
Confesso que o Black Label Society nunca me encheu os olhos, ou melhor, os ouvidos. O estilo de Zakk Wylde me agradava muito mais na banda do madman do que quando tocava em sua própria banda.
Mas, a Terra gira e The Song Remains Not the Same acaba de sair, e dessa vez, foi impossível não prestar atenção no trabalho de Mr. Wylde. O trabalho é uma espécie de sobra de estúdio do penúltimo álbum, mas com um diferencial bem bacana. São versões (quase) acústicas de algumas músicas e dois covers: o primeiro para Junior's Eyes do Sabbath, que o próprio Ozzy achou sensacional, e eu assino embaixo! A segunda é para Bridge Over Troubled Water, de Simon & Garfunkel, um grande clássico da música norte-americana.
Um lado mais calmo de Wylde pode ser conhecido aqui. Outro detalhe interessante: o cara está tocando piano também. Vale a pena conferir.
Estamos vivendo uma época ímpar no mundo do rock. Uma onda de super bandas tem surgido, formadas por grandes músicos e quase sempre, numa improvável reunião. Recentemente tivemos o Chickenfoot com membros remanescentes do Van Halen, Red Hot e Joe Satriani em pessoa, depois o Symfonia, que juntou ex-Stratovarius e ex-Helloweens com André Matos, e agora o Who Cares.
Trata-se da união de figuras pouco conhecidas e com pouca história no meio: Tony Iommi, Ian Gillan, Nicko McBrain, Jason Newsted, John Lord e Linde Lindstrom. Dispensam apresentações...
Vocês devem estar se perguntando: o que esses caras fizeram? ficou bom? Eu achei que ficou com a cara da nova fase tranquilinha do Deep Purple. Ian Gillan canta suavemente, sem gritar, Nicko está comportadíssimo, Tony idem, idem, idem.... Esse é um ponto de vista, o outro seria dizer que esse vovôs do rock atingiram a maturidade musical inexistente na juventude.
Quando o cérebro resolve sair, em geral o corpo padece. Pois quando Kai Hansen, que era pelo menos metade do cérebro do Helloween, resolveu sair, tudo indicava que a decadência dessa banda estava decretada. Pois não só isso não aconteceu (Roland Grapow entrou e deu conta do recado), como ganhamos outra banda sensacional, o Gamma Ray.
Depois de muitos discos de sucesso, o Gamma é, hoje em dia, um dos gigantes do power/speed/melodic metal, e provou isso novamente com o lançamento desse mini-album Skeletons & Majesties, que mescla regravações de sons raramente tocados ao vivo pela banda com duas releituras acústicas: Send Me a Sign e Rebellion in Dreamland, o primeiro grande hit da banda. Essa versão ficou muito legal com um arranjo mais propício para o acústico e na minha opinião, já vale o disco.
Tomara que venha um full-lenght por aí inteiramente acústico. Os caras tem as manhas!
Mike "monstro" Portnoy anunciou ano passado que estava deixando o Dream Theater. A banda levou um tempo para assimilar o choque, afinal, foram 25 anos tocando juntos, e como o próprio Petrucci declarou, eles eram mais do que uma banda, eram uma família, os filhos brincavam juntos e tudo mais.
Superada essa fase, resolveram chamar 7 bateristas para uma audição, que é uma espécie de concurso para o posto mais desejado do mundo roqueiro das baquetas: a vaga de baterista da legendária banda Dream Theater.
Os pré-selecionados por seus trabalhos anteriores foram:
* Mike Mangini (48 anos) (STEVE VAI, EXTREME, ANNIHILATOR) * Thomas Lang (43 anos) (JOHN WETTON, ROBERT FRIPP, GLENN HUGHES) * Marco Minnemann (40 anos) (KREATOR, NECROPHAGIST, EPHEL DUATH, JOE SATRIANI) * Aquiles Priester (39 anos) (ANGRA, PAUL DI'ANNO) * Virgil Donati (52 anos) (PLANET X, SEVEN THE HARDWAY) * Derek Roddy (38 anos) (HATE ETERNAL, NILE, TODAY IS THE DAY) * Peter Wildoer (36 anos) (DARKANE)
Eu, como brasileiro, estava torcendo pro Aquiles, afinal, ele tem muito talento. Mas acreditem, ele não fez um bom teste, estava muito nervoso e provavelmente deve ter ficado em último na lista acima. Todos os outros foram muito bem, mas eu acho que eles escolheram também pela personalidade, e Mike Mangini se encaixou melhor no espírito da banda.
Eles estão em estúdio gravando o próximo álbum. Segundo o tecladista Jordan Rudess, será o melhor que eles já fizeram. Tenho medo...
Pra quem curte ver e ouvir uma bateria sendo esmigalhada, o documentário feito pela banda "testando" os bateras é sensacional. Vejam!
P.S.: Os bateras me impressionaram bastante, assim como o Portnoy sempre me impressionou. Mas o que roubou o vídeo foi a nova cara do James LaBrie. O que é aquilo! O cara fez uma plástica estilo Hebe Camargo, esticou tudo, fez sombrancelha, pelamordedeus, aonde vamos parar? rsrsrsrs